Redução de casos de malária na Guiné-Bissau. Foto: OMS/T. Seburyamo
Autoridades dizem que baixa ocorreu em 2015; país está no topo do ranking mundial dos utilizadores de mosquiteiros; Ministério da Saúde Pública organiza marcha e distingue regiões sanitárias e parceiros.
Amatijane Candé, da Rádio ONU em Bissau.
A Guiné-Bissau teve uma redução de cerca de 28 mil casos de malária este ano, em comparação com o ano passado.
A informação foi dada à Rádio ONU, na capital guineense, pela coordenadora adjunta do Programa Nacional da Luta Contra o Paludismo como a doença é mais conhecida localmente. A conversa decorreu no âmbito do Dia Internacional da Malária, assinalado neste 25 de abril.
Combate
Laércia de Carvalho disse que ocorrem em média 57 casos da doença e quatro mortes em cada mil habitantes. A responsável contou que agências das Nações Unidas estão entre os que ajudam a suportar os valores para as ações de combate.
"Não seria justo que o paludismo, sendo uma doença que mata e a nossa população pobre, não tivesse acesso a esses medicamentos, é verdade que os medicamentos até a data são vendidos a preços subvencionados. Uma parte dos custos é assumida pelos parceiros e pelo governo. Para os ACT blister de 6 e 12 comprimidos para crianças são vendidos à 150 francos e os blisters de 18 e 24 para adolescentes e adultos custam 250 francos CFA’s"
Diagnóstico
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, apoiam a compra de meios de diagnóstico e medicamentos.
Laércia de Carvalho afirmou que é simples e gratuito detetar a doença em todos os centros e estruturas sanitárias. Esforços estão em curso para oferecer gratuitamente o diagnóstico e o tratamento do paludismo grave.
Ranking
A coordenadora garantiu que o tratamento preventivo intermitente nas grávidas também é gratuito e comporta a administração de três comprimidos de Fansidar. Ela disse que o país está no topo do ranking mundial dos utilizadores de mosquiteiros impregnados.
"A primeira campanha foi realizada em 2011, um estudo realizado um ano depois constatou que 99% dos guineenses possuíam pelo menos um mosquiteiro e 93% utilizava mosquiteiros. No ano passado realizou-se a segunda campanha de distribuição universal de mosquiteiros segundo recomendações da OMS. O relatório preliminar feito na altura confirmou que 92% tinham fixado os mosquiteiros depois da campanha".
Mortes
Dados do Instituto Nacional da Saúde indicam que 98.952 casos foram registados em todo o país, resultando em 350 óbitos. Nas crianças menores de cinco anos foram registados 29% dos casos e 35% dos óbitos.
No Dia Internacional de Paludismo, cujo lema é Investir no Futuro, Derrotar o Paludismo, o Ministério da Saúde Pública organiza uma marcha desportiva e um evento para distinguir regiões sanitárias e parceiros.
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