terça-feira, 21 de abril de 2015

«VATICANO» PAPA FRANCISCO RECEBE EMBAIXADOR HOMOSSEXUAL QUE CONTINUA A REJEITAR


O papa recebeu no sábado o embaixador homossexual escolhido pela França como seu representante no Vaticano, a quem confirmou que não concederá acreditação, segundo a próxima edição do semanário satírico francês Le Canard Enchaîné, que sairá na quarta-feira.

Por seu lado, a Presidência francesa garantiu que aguarda ainda "uma resposta positiva e rápida" sobre esta matéria.

Uma fonte próxima do caso confirmou à agência de notícias francesa, AFP, o encontro entre Francisco e o diplomata Laurent Stefanini, sem especificar pormenores sobre o respetivo conteúdo.

De acordo com Le Canard Enchaîné, que revelou a oposição da Santa Sé à nomeação de Stefanini para o cargo de embaixador de França no Vaticano, o papa Francisco recebeu "muito discretamente" no sábado o diplomata, homossexual assumido e católico convicto.

O papa disse-lhe "nada ter contra ele, mas que, em contrapartida, não tinha apreciado nem 'o casamento para todos' nem os métodos do Eliseu, que tentou pressioná-lo", escreve Le Canard.

"O processo está em curso", reagiu hoje à noite o Eliseu, onde se "espera claramente que a resposta seja positiva e rápida".

"Laurent Stefanini é o único candidato nomeado pelo Presidente da República e pelo conselho de ministros", insistiu o gabinete de François Hollande.

A 15 de abril, o porta-voz do Governo francês, Stéphane Le Foll, indicou que a escolha de Laurent Stefanini continuava a ser "a proposta de França".

Paris e o Vaticano estão envolvidos há três meses num braço-de-ferro sobre a escolha do novo embaixador francês junto da Santa Sé.

Nomeado no início de janeiro pelo Presidente Hollande, Laurent Stefanini aguarda desde então em vão a sua acreditação pela Santa Sé -- um silêncio que equivale a uma rejeição.

Laurent Stefanini, de 55 anos, conhece bem o Vaticano, por ter já trabalhado enquanto ministro conselheiro na embaixada de França junto da Santa Sé entre 2001 e 2005.

O diplomata foi, em seguida, conselheiro no Ministério dos Negócios Estrangeiros francês para as questões religiosas, antes de se tornar, em 2010, chefe do protocolo no Eliseu, durante a Presidência de direita de Nicolas Sarkozy e, depois, do seu sucessor socialista, François Hollande.

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