Dakar - O Senegal celebra oficialmente hoje (segunda-feira), o fim do tratado negreiro, pela primeira vez desde a instauração há cinco anos de uma Jornada comemorativa, com a inauguração de uma placa em homenagem a abolição da escravatura, noticiou a AFP.
Até ao momento, somente iniciativas privadas tinha marcado esse acontecimento. Assim, em 2011 e 2013, com Karfa Diallo, responsável das "Memórias e partilhas", uma associação baseada em Bordeaux (sudoeste), antigo grande porto negreiro francês.
"A juventude actual tem o direito de conhecer a história do seus parentes que resistiram à escravatura", declarou Soham Wardani, representante do Prefeito de Dakar, durante a cerimónia.
Os diplomatas, dentre os quais o embaixador da China, Xia Huang, o conselheiro cultural da embaixada da França, os representantes dos Estados Unidos, da Bélgica, do Mali e dos alunos, participaram nesta Jornada nacional da comemoração das resistências ao tratado e à escravatura, a 27 de Abril, data da abolição da escravatura nas colónias francesas em 1848.
As anteriores comemorações organizadas por Diallo foram realizadas em Gorée, ao largo de Dakar, a ilha símbolo do tratado com destino as Américas, cuja célebre "Maison des esclaves" (Casa dos escravos) está desde 1978, inscrita no Património mundial da humanidade.
O Senegal adoptou em 2010, uma lei criminalizando o tratado negreiro, fazendo dessa antiga colónia francesa o primeiro país africano a dotar-se de uma legislação, inspirada na lei votada a 10 de Maio de 2011, em França, por iniciativa da deputada das Guianas Chistiane Taubira, actualmente ministra da Justiça.
portalangop
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