sábado, 17 de maio de 2014

ONU DISCUTE DESTRUIÇÃO DE RECURSOS NATURAIS DA GUINÉ-BISSAU


Os níveis nunca vistos de destruição da floresta e de outros recursos naturais da Guiné-Bissau vão ser analisados na segunda-feira na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de acordo com a agenda da organização.

"Durante os últimos dois anos, a destruição das florestas e das reservas naturais atingiu níveis sem precedentes, com consequências negativas para o ambiente e para a qualidade de vida da população", refere-se no último relatório da ONU sobre o país e que vai estar no centro da discussão na reunião.
"As receitas da exploração dos recursos devem ser usadas em benefício de toda a população e das futuras gerações, não apenas de alguns indivíduos", sublinha.
Para a organização, a gestão transparente dos recursos naturais na Guiné-Bissau tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas, que devem tomar posse durante o mês de Junho.
Em causa, estão licenças de exploração emitidas pelo Estado em que "o país não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos", denunciou Nelson Dias, representante da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) em Bissau, numa entrevista à Lusa em março.

No documento da ONU é feito "um apelo para que os parceiros estrangeiros ajudem a Guiné-Bissau a adotar as melhores práticas na área".
O mais recente relatório trimestral das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau lança um outro apelo à comunidade internacional para que seja atribuída ajuda financeira "urgente" ao novo governo.
"Vai ser crucial para o novo governo implementar melhorias imediatas na vida dos cidadãos", destaca o relatório.
"No que lhe compete, a comunidade internacional deve fazer todos os esforços para satisfazer as necessidades urgentes dos guineenses com apoio financeiro nas áreas consideradas prioritárias", acrescenta.
Por entre palavras de satisfação com o andamento pacífico do processo eleitoral, o relatório termina pedindo à população que se coloque "em guarda contra qualquer potencial oposição às conquistas democráticas já alcançadas" desde o golpe de Estado de abril de 2012.

José Mário Vaz, apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), candidato mais votado na primeira volta, e Nuno Nabian, apoiado pelo PRS (principal partido da oposição), concorrem no domingo à segunda volta das eleições presidenciais.

O PAIGC venceu com maioria absoluta as eleições legislativas realizadas a 13 de abril, o mesmo dia em que se realizou a primeira volta das presidenciais.
O novo primeiro-ministro será Domingos Simões Pereira, 50 anos, ex-secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e líder do partido.

O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) foi criado pelo Conselho de Segurança da ONU e iniciou funções em janeiro de 2010.
Entre outros objetivos, a missão pretende contribuir para manter a ordem constitucional e a segurança pública, apoiar o diálogo político, o processo de reconciliação nacional e ajudar na mobilização de assistência internacional.

http://www.noticiasaominuto.com/

1 comentário:

  1. é o nhamadjo e o Antonio Indjai a dar contas deste trafico os dois merecem capturar e entrega-los aos americanos junto ao Bubo Nantchuto

    ResponderEliminar