sábado, 24 de maio de 2014

VATICANO: O BANQUETE DE 18 MIL EUROS QUE NÃO AGRADOU AO PAPA



O semanário 'L'Espresso' revela hoje que o Papa Francisco "não ficou muito feliz" ao ver as imagens de um banquete ao qual assistiram religiosos, empresários e jornalistas italianos no terraço da Prefeitura dos Assuntos Económicos do Vaticano durante a canonização dos papas João Paulo II e João XXIII.

As imagens foram publicadas no site Dagospia.com. No banquete de 27 de abril estiveram cerca de 150 VIP que pagaram 120 euros para assistir à cerimónia de canonização desde o terraço no telhado do edifício, no Vaticano, tendo depois desfrutado de um buffet financiado por patrocinadores privados. Nas fotos veem-se jornalistas famosos em Itália, o braço direito do primeiro-ministro Matteo Renzi e o presidente do Banco do Vaticano, Ernst von Freyberg.

A festa custou 18 mil euros - 13 mil nas cadeiras e na estrutura montada no telhado, pagos pelos seguros médicos Assidai, e mais cinco mil pelo buffet, pago pela petrolífera italiana Medoilgas.

O Papa Francisco tem defendido uma "igreja pobre para os pobres" e por isso não gostou que, durante a canonização de João Paulo II e João XXIII, tivesse ocorrido este banquete no Vaticano.

O cardeal Giuseppe Versaldi, responsável pela Prefeitura dos Assuntos Económicos do Vaticano, afirmou ao canal Italia1 que desconhecia a natureza da festa e que só lhe tinham pedido autorização para que algumas pessoas pudessem subir ao terraço. "Não posso revelar o que disse o Papa. Informei-o e só posso dizer que não ficou muito feliz, para usar um eufemismo. Mas posso assegurar que estes episódios não voltarão a repetir-se", disse.

Segundo o 'L'Espresso', o Papa não gostou de ver que tinha sido celebrada uma eucaristia no local e como a comunhão foi dada com as hóstias num copo do catering. Quem deu a comunhão foi Lucio Angel Vallejo Balda, membro da Comissão Investigadora dos Organismos Económicos e Administrativos do Vaticano. Questionado sobre o caso pelo semanário afirmou: "Não falo do telhado. Graças a Deus temos outros problemas".
DN

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