O vencedor declarado das presidenciais de domingo, José Mário Vaz, 57 anos, é um economista formado em Portugal. Foi ministro das Finanças do Governo derrubado há dois anos e dirigiu o município de Bissau. Empresário, liderou também a Câmara de Comércio da Guiné-Bissau.
É conhecido como o “homem do 25”, expressão que terá sido criada por si próprio pelo facto de, enquanto ministro, ter pago salários aos funcionários do Estado regularmente a 25 de cada mês, situação invulgar no passado recente da Guiné-Bissau, que terá sido agora um trunfo eleitoral.
Após o golpe de 2012, Jomav esteve meses em Portugal. Quando regressou, em 2013, foi acusado de envolvimento no alegado desvio de um apoio financeiro de Angola, o que sempre negou. “Geri milhões de francos de modo transparente. Não me envergonho de nada. Tenho as mãos limpas”, disse, sobre o assunto, à AFP.
As presidenciais deverão completar o processo eleitoral destinado a restabelecer a normalidade democrática interrompida pelo derrube, em 2012, do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que vencera a primeira volta das presidenciais com quase 49%.
A 13 de Abril, data da primeira volta das presidenciais, realizaram-se em simultâneo eleições legislativas que deram a vitória ao PAIGC, elegeu 57 dos 102 deputados. De acordo com esses resultados, o próximo primeiro-ministro será o líder do partido que liderou a luta pela independência, Domingos Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário-executivo da CPLP.
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