quarta-feira, 14 de maio de 2014

NUNO NABIAM NEGA PRETENDER REJEITAR RESULTADOS ELEITORAIS



Candidato independente apresentou protesto junto da CNE onde apontava falhas na primeira volta, mas assegura agora não estar em causa "renúncia"

A candidatura de Nuno Nabiam à presidência da Guiné-Bissau reafirma que aceitará os resultados da segunda volta e afasta dúvidas criadas por uma nota de protesto que enviou à Comissão Nacional de Eleições. 

No documento assinado pelo diretor nacional de campanha - Juliano Fernandes, eram apontadas eventuais falhas à votação na primeira volta e sugeridas correções que se agora não fossem acauteladas podiam "porventura dar azo a renitência em reconhecer os resultados". A nota de protesto da candidatura a que a agência Lusa teve acesso é de 27 de abril e a CNE respondeu no dia 5 deste mês, manifestando preocupação em relação ao posicionamento que a direção da campanha de Nabiam "parece querer vir a assumir, que é aquele de uma possível recusa de resultados". 

Contactado pela Lusa, Juliano Fernandes refere que não há "nenhuma razão para preocupação" no conteúdo da nota emitida pela campanha. "Olha-se para os resultados, vemos votos em branco e nulos e pensamos que podíamos ir lá buscar mais, se fossem válidos. É nessa perspectiva, não é que haja uma predisposição para pôr em causa os resultados", sublinha. "Nós fizemos isso, muito sinceramente, apenas para arrolarmos a nossa contribuição para uma maior transparência e perenidade do processo de votação: não há aqui qualquer renúncia, nem faria sentido", referiu. Ao falar de eventual renitência em aceitar resultados, Juliano Fernandes explica que não se trata de "contestação". "Quem quiser ler com olhos de ver jamais poderá concluir que há aqui qualquer prelúdio, tanto mais que estamos convencidos que vamos ganhar as eleições, mas somos democratas e daí o candidato ter assinado o documento", um compromisso público de aceitação de resultados. No entanto, no entender de Juliano Fernandes, dizer que se reconhecerá os resultados "não inibe que se chame a atenção" para eventuais problemas que, mesmo sem evidências de que tenham acontecido, são suscitados em conversas informais.

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