segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Guiné-Bissau: Governo alega não ter medo de sanções da CEDEAO

Abuja/Bissau – O primeiro-ministro guineense Ilido Vieira Té alegou nesta segunda-feira não temer eventuais sanções da parte da Comunidade económica dos Estados da África ocidental. A CEDEAO que se reuniu neste domingo em Abuja, na Nigéria, alegava rejeitar "categoricamente o “programa de transição” recentemente anunciado pelas autoridades guineenses e preconiza a instauração de uma transição breve, liderada por um governo inclusivo.

A conferência apela para a libertação imediata de todos os detidos políticos para que possam participar no processo político do país.

Ao invés de 12 meses proposto pelos militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau no dia 26 de novembro passado, a conferência quer um período de transição mais curto. Fala-se numa transição de não mais que seis meses.

Os líderes da CEDEAO propõem a criação de um Governo inclusivo para realizar reformas constitucionais, legais e políticas, bem como organizar eleições credíveis, transparentes e inclusivas.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO mandataram ainda a força militar da organização estacionada na Guiné-Bissau a dar protecção a todos os dirigentes políticos e instituições nacionais do país.

Serão despachadas para Bissau nos próximos dias duas missões da CEDEAO. Uma política, liderada pelo presidente da comissão da organização, o gambiano Alei Touray, e outra composta pelos chefes militares dos países da CEDEAO.

As duas missões vêm à Bissau transmitir as recomendações da conferência de líderes da CEDEAO e deixar claro que quem obstaculizar estas medidas será sancionado de forma directa.

O primeiro-ministro de transição, Ilídio Vieira Té, já disse que as actuais autoridades no poder em Bissau não têm intenções de dificultar o cumprimento das orientações da CEDEAO, mas também deixou claro que ninguém tem medo das sanções, que a Guiné-Bissau é um Estado soberano e membro fundador da CEDEAO.

Por: Mussá Baldé
rfi.fr/pt

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