O primeiro-ministro do Governo de Transição acusou a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de priorizar a escolha do substituto da Guiné-Bissau na presidência da organização, em detrimento da busca de uma solução para a crise política no país. Segundo o chefe do executivo, esta situação levou o Governo a suspender imediatamente todas as atividades da Guiné-Bissau no seio da CPLP.
Ilídio Vieira Té, que falava hoje à imprensa após uma visita às obras em curso no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, garantiu, no entanto, que a medida não significa a retirada definitiva do país da organização.
Na véspera, a Polícia Judiciária portuguesa informou ter detido um cidadão guineense na posse de uma soma superior a três biliões de francos CFA, à chegada a Portugal num avião particular. Questionado sobre o assunto, o primeiro-ministro do Governo de Transição remeteu quaisquer esclarecimentos adicionais para as autoridades portuguesas.
Ilídio Vieira Té afirmou ainda que nenhum membro do Governo teme eventuais sanções internacionais, sublinhando que a Guiné-Bissau é membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e que o executivo está a trabalhar em prol do interesse nacional.
Relativamente às obras em curso no país, o chefe do Governo de Transição garantiu que, caso tudo decorra conforme o previsto, o novo aeroporto será inaugurado até ao próximo mês de março, obedecendo aos padrões internacionais exigidos.
A visita de Ilídio Vieira Té prossegue nos arredores de Safim.
RSM: 15 12 2025
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