Ficar calado e conformado, é igual a ser cúmplice de situações que afetam, de forma destrutiva, a vida de todos. Mas também denunciar essas situações muitas vezes pode ter consequências graves nos países onde os regimes políticos são de natureza ditatorial e opressiva às populações que só aspiram a viver em paz e no bem-estar, onde os seus direitos mais elementares são respeitados e os seus gritos de socorro ouvidos por quem governa, ou aquele pequeno grupo de pessoas nas mãos de quem o Todo-poderoso colocou a concretização das suas aspirações.
Não é possível, e nem era imaginável na altura, quando o herói N´djamba Mané deu o primeiro tiro libertador naquele que era o mítico quartel colonial da vila de Tite, no Sul do que era então a Guiné Portuguesa, de que assistiríamos hoje, depois de 50 anos de independência nacional, à situação de quase abandono total em que está o povo de Boé, território onde foi ecoada na voz do lendário comandante Kabi Na Fantchamna, na presença de toda a liderança do PAIGC, o que se segue:
“PROCLAMO SOLENEMENTE A INDEPENDÊNCIA DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU “
Já se passaram 3 anos desde a alternância, desde que a “GERAÇAO DE CONCRETO”, uma cópia do “slogan” de Karim wade, assumiu as rédeas da governação, ainda o povo de histórico do sector de Boé, se depara com as maiores dificuldades, que nunca existiriam caso as responsabilidades fossem assumidas por quem de direito. A não ser que no programa de governação não se tivesse o cuidado de fazer um diagnóstico exaustivo, identificando os sectores críticos possíveis de serem atacadas, uma vez na governação.
Como se explica que o Sector de Boé ainda esteja encravado, chegando-se ao ponto da única jangada que liga essa localidade à cidade de Gabu está no fundo do rio, há (1) anos totalmente as atividades económicas durante todo este tempo, a direção executiva de fundo de conservação rodoviária com pouco recursos a tentar fazer o melhor para que o jangada volta funcionar para facilitar a travessia da zona.
Uma governação é avaliada nas ações concretas que se levam a cabo, ações que impactam na vida dos governados, e não nos desvios e outras situações de corrupção, a olho de todos, praticados por pessoas que foram chamadas a governar, como acontece na Guiné-Bissau. Guiné-Bissau, país onde alguns governantes ostentam abusivamente a riqueza de origem duvidosa, porque à justiça é desprovida de quaisquer meios para investigar a levar à justiça esses criminosos, muitos dos quais, durante muitos anos estiveram a desviar as riquezas do país, construindo mansões, comprando apartamentos no estrangeiro (Portugal, Senegal, França, Gâmbia).
O povo reclama por uma governação responsável, patriótica e capaz de realizar o sonho dos PAIS FUNDADORES, para finalmente os Combatentes da Liberdade da Pátria, os poucos que ainda restam e a viver na miséria, respirem o ar da liberdade para a qual se bateram com armas na mão durante 11 anos consecutivos, consentido todos os sacrifícios inimagináveis.
Para quando a dragagem do porto de Bissau (aliás a dragagem de todos os portos, porque é possível), a construção de uma ponte sobre o rio Tche-Tchi Farim, infraestruturas indispensáveis à dinamização das economias daquelas zonas de produção?
Esperava-se que está alternância do poder que foi confiado ao PAI terra-ranka, fosse uma revolução, uma rutura com o passado, caso assim fosse perspetivada, um reganhar de esperança para as populações que já estavam cansadas de ver os seus os sonhos adiados pelos chamados partidos grandes, o PAIGC e o PRS, mas o que se está a assistir é totalmente o contrário - “O POPULISMO” no verdadeiro sentido da palavra.
Gritemos todos nós, bem alto, para que as nossas vozes sejam ouvidas, de forma a fazer com que o regime assuma as suas responsabilidades perante o povo do Sector de Boé:
PRIMEIRO-MINISTRO BO SAKURANO POVO DE TCHE-TCHI BOE KANSA SAKURRRRRR SAKURRRRRR SAKURRRRRR!
NO SALVA POVO DI BOE!
VIVA GUINE UNIDA NA SI DIVERSIDADE! VIVA GUINENDADI!
Por: yanick Aerton
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