O general Brice Nguema tomou posse como Presidente de transição a 4 de Setembro e prometeu a realização de um novo escrutínio, sem avançar qualquer data.
Brice Nguema prestou juramento perante o Tribunal Constitucional na manhã de segunda-feira 4 de Setembro, tomando posse como Presidente da Transição.
Nguema sucede assim ao ex-Presidente deposto Ali Bongo, que venceu oficialemente as eleições na semana passada com cerca de 60% dos votos, num escrutínio criticado a nível regional e internacional por alegadas fraudes e irregularidades.
O novo chefe do país não se pronunciou sobre a duração da "transição" e prometeu a realização de um novo escrutínio, sem avançar qualquer data. Até là, Brice Oli Nguema assegurou que as instiuições funcionarão de forma mais democrática e comprometeu-se a libertar todos os "prisioneiros políticos".
No passado dia 30 de Agosto, os militares golpistas anunciaram o fim do regime de Ali Bongo Ondimba, cuja família dirigiu o país durante mais de cinco décadas, declarando que as eleições tinham sido fraudulentas.
Nesta segunda-feira 4 de Setembro, Ali Bongo permanece detido sob prisão domiciliária.
A União Africana, as Nações Unidas e a União Europeia condenaram o golpe de Estado, insistindo no entanto para o facto de haver uma diferença com outros golpes de Estado, como recentemente, o do Níger, alegando a existência de irregularidades nas eleições gabonesas.
Os dirigentes dos países-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) reúnem-se hoje na Guiné Equatorial para debater a situação no Gabão. A organização regional condenou o golpe de Estado, avisando todavia não avançar com a possibilidade de uma intervenção militar.
Por: RFI com o Conosaba do Porto
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