Fonte: Rádio Jovem Bissau
O segundo vice-presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Armando Mango, voltou a garantir a fidelidade ao acordo parlamentar rubricado com Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), após as eleições legislativas de março de 2019, mesmo com esta decisão de quatro deputados do PAIGC, que viabilizaram a discussão de programa do governo liderado por Nuno Gomes Nabian no parlamento.
"Somos estruturadamente democráticos no nosso partido, somos coerentemente defensores dos valores e somos veementemente defensores dos compromissos que assinamos, por isso é que afirmamos em diversas vezes que o acordo que assinamos com o PAIGC e restantes partidos vai até fim da legislatura", afirmou Armando Mango.
Em conferência de imprensa na sede principal do PAIGC em Bissau, esta segunda-feira, 29 de junho, com objetivo de reagir o comportamento de quatro parlamentes, Mango apelou aos simpatizantes, militantes e dirigentes do partido liderado por Domingos Simões Pereira a não se resignarem por causa desta situação.
Numa indireta aos seus adversários, ou seja, às atuais autoridades no poder, Mango fez lembrar que esta cíclica instabilidade terminará um dia e que o país deve ser dirigido pelas pessoas com nível e capacidade intelectual.
Igualmente deputado da nação e em rota de colisão com o líder do seu partido, Nuno Gomes Nabian, atual primeiro-ministro, Mango disse que esta luta não é só do PAIGC, mas é luta das pessoas que respeitam a democracia, legalidade, clareza, competência e a verdade.
Nesta conferência de imprensa dos partidos do espaço da concertação, também esteve presente o líder da bancada parlamentar da APU-PDGB, Marciano Indi, que recentemente foi raptado e espancado por homens desconhecidos em Safim, região de Biombo.
Na sua declaração, Marciano Indi começou por realçar a solidariedade dos guineenses aquando do incidente e considerou de ilegal a sessão plenária que aprovou hoje a discussão parlamentar do programa do governo liderado por Nuno Nabian.
De recordar que o líder da APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian, que assinou um acordo com o PAIGC, invalidou o compromisso, firmando outro com o Movimento para Alternância Democrática (Madem G15) e o Partido da Renovação Social (PRS).
Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantêm a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar com o partido liderado por Domingos Simões Pereira.
O PAIGC venceu as legislativas de março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.
Por: Alison Cabral
Conosaba/faladepapagaio
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