Governo Legitimo da Guiné-Bissau, confrontado com a onda de desinformação segundo a qual o salário de Fevereiro foi pago com apoio de fundos mobilizados por Umaro Sissoco junto dos países amigos, vem esclarecer o seguinte:
1. Com o fac simile em poder do nosso Governo, os golpistas utilizaram o fundo herdado na conta do Tesouro Público no BCEAO para a recompra dos títulos que iriam vencer nos finais de Março e princípios de Abril para pagar salários.
2. Os golpistas tentaram forjar todo o tipo de cobranças para atingir o montante de cerca de 5 bilhões da massa salarial para pagamento dos ordenados, tendo arrecadado somente 1 bilhão e 500 milhões. Não encontrando saídas, pediram ao BCEAO para ponderar e desbloquear o fundo que estava disponível nas contas do Tesouro para recompra de titulos, na base de duas assinaturas que estavam registadas no fax smile do Governo Legítimo ou seja, as do Director-Geral do Tesouro e Tesoureira-Geral.
3. No fundo, o que aconteceu foi a nossa cooperação com o BCEAO, atraves da qual foi levada em conta a necessidade de desbloqueamento do salário, num momento sensível para que as famílias que estão sob ameaças de ficarem em quarentena devido a pandemia do Covid-19 poderem ter a capacidade de compra de produtos da primeira necessidade.
4. O Governo Legítimo lamenta que a sua boa fé para minimizar o sofrimento dos trabalhadores esteja a ser objeto de aproveitamento político, com inverdades de todo o tamanho.
5. O Governo Legítimo condena, ao mesmo tempo, a desonestidade intelectual e técnica do Ministro do Governo ilegal, quando anunciou ter herdado do Tesouro Público o montante de 38 mil francos CFA. Isso quando no dia do assalto à Presidência da República pelo candidato Umaro Sissoco Embalo, facto que marcou o início de mais um golpe de estado no nosso país, estava disponível só nas Alfândegas cerca de 1 Bilhão e 300 milhões de francos CFA, acrescida as outras receitas nos diversos serviços que geram dinheiro para os cofres do Estado.
Bissau, 20 de Março de 2020
O Governo da Guiné-Bissau
Fonte: Aristides Gomes - Primeiro Ministro da Guiné-Bissau
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