Continua o impasse entre o governo e a Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guiné-Bissau para o levantamento da greve de três, iniciada, esta terça-feira (16), no país. Embora o governo diz que foi chegado ao acordo mas a Federação diz que é prematuro pronunciar sobre o levantamento da greve
O certo é que a circulação dos transportes públicos ainda continua paralisada em todo o país.
Entretanto, segundo o governo, o acordo vem na sequência da reunião do conselho ministros extraordinário convocada pelo primeiro-ministro para tentar encontrar solução que visa ao levantamento da greve geral em curso no sector dos transportes públicos do país.
Numa entrevista aos jornalistas, o ministro dos Transportes, Mamadu Jaquité, diz que as duas partes chagaram ao acordo e amanhã (19) deverá ser discutido um documento e que depois será assinado com base nas reivindicações do sindicato que visa acabar “definitivamente” com a greve.
Contundo o acordo anunciado pelo governo, o presidente da comissão negocial da greve dos Motoristas, Caram Samba Lamine Cassama, diz que é prematuro pronunciar sobre o levantamento da greve porque o governo apresentou propostas ao sindicato que depois será discutido com os associados.
“É cedo falarmos da suspensão da greve mas vamos discutir os termos”, adianta.
Em relação a falta dos transportes que tem vindo a prejudicar a vida da população, o ministro dos Transportes, Mamadu Serifo Jaguite, reconhece o prejuízo da greve na vida da população assim como a perda da receita ao governo.
“Numa sociedade que contabiliza a receita iria demonstrar as perdas da Guiné-Bissau”, reforça.
As reivindicações da Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores visa reclamar a melhoria das condições das rodovias de Bissau e do interior assim como definição de competências entre a Direcção Geral da Viação e dos Transportes Terrestres, a Polícia de Trânsito e a Guarda Nacional e ainda a criação de guichet em diferentes localidades.
INCIDENTE DA FRONTEIRA
Ainda sobre a greve, tentativa das forças nacionais colocadas na fronteira de Djegue (com Senegal), sector de são domingos, para entrada no país, de um autocarro de transporte público da república de Gâmbia, provocou um desentendimento que teria resultado em confronto sem ferimento entre os agentes e os membros da Federação Nacional das Associações dos Motoristas Transportadores da Guiné-Bissau, do mesmo sector.
Contactado pela Radio Sol Mansi (RSM), Morto Luís Danfa, representante da comissão de greve a nível do sector de São Domingo, diz que depois da interpelação do sindicato a força de Defesa teria forçado a entrada do autocarro e o facto ressoltou em agressões físicas das duas partes.
Sobre o caso a Radio Sol Mansi tentou registar a reacção do comandante da Guarda Nacional que remeteu ao silêncio alegando falta de autorização superior para falar sobre o assunto.
A RSM apurou que pessoalmente o comandante da Guarda Nacional teria escoltado o autocarro que foi impedido a entrada em Bissau na zonas de secção de Sedengal.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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