Temos hoje na Guiné-Bissau muitas
instituições do ensino superior privadas e nehuma Pública que anualmente formam
um numero considerado de quadros. É notório o facto de o número de Licenciados
por essas instituições ter aumentado significativamente nos últimos anos. O
nosso pais conta actuamente com três Universidades Privadas a saber: A
Lusofona, Colinas de Boé, e Jean Piaget.
Se é satisfatória a quantidade de
licenciados que as universidades e outras escolas superiores lançam para o
mercado de trabalho anualmente, a questão da qualidade desses quadros é ainda
motivo de preocupação.
Ao que parece, algumas instituições de
ensino superior querem ensinar com olhos postos no mercado de trabalho, de modo
a satisfazer as necessidades deste.
Não pretendem estas instituições de
ensino superior formar por formar, sem ter em atenção que quadro é que o
mercado de trabalho realmente quer.
A Guiné-Bissau neste momento esta a
precisar de escolas profissionais para fazer face as dificuldades que o pais
atravessa, não proliferar os quadros superiores que nada trazem ao pais.
As instituições de ensino superior
devem, se necessário for, reformular os seus programas curriculares, para
poderem servir cada vez melhor a sociedade, no processo de crescimento e
desenvolvimento do pais.
A dias estive eu a consultar programas
curriculares de uma das universidades do pais sem ter encontrado nenhuma
cadeira ligada a nossa integração regional, mas encontrei uma cadeira
denominada ‘’ECONOMIA PORTUGUÊSA E INTEGRAÇÃO EUROPEIA’’é importante que as
nossas universidades e escolas superiores estableçam programas curriculares que
tenham em conta a nossa inserção num processo de integração economica.
É necessário que sejam criadas as
estratégias, ou seja,as instituições devem apostar mais nas melhorias de modo a
preparar melhor os formandos para o mercado de trabalho, como por exemplo
investir mais em materiais didácticos e abrir centros de investigações, ou
seja, as universidades devem caminhar juntos com as novas tecnologias, isto
como forma de proporcionar aos estudantes melhores condições para aquisição do
conhecimento.
Mas não bastará reformular programas
curriculares. Haverá ainda necessidade de termos bons professores
universitários com uma sólida formação cientifica e pedagógica. Podemos ter
bons programas curriculares, mas se não houver excelência ao nivel do corpo
docente universitário, de nada valerá o esforço.
Desta forma a conclusão a que chequei, é
que o ensino superior na Guiné-Bissau deve ser repensado,primeiramente no que
diz respeito aos cursos que estão disponiveis na maior parte das universidades,
dever-se-á refletir sobre a possibilidade de introduzir novos cursos, mais
ligados a nossa realidade que certamente possibilitarão a criação de mais
postos de trabalho que permitirão aos estudantes adquirirem melhores
capacidades para ajudarem no desenvolvimento do pais. Outro problema é a
tendência que as universidades guineenses têm de seguir as normas estrangeiras , que as vezes não são
compativeis com as reais necessidades do pais.
A qualidade do ensino universitário na
Guiné-Bissau ainda esta longe dos niveis desejados. O problema vai desde o
sistema básico de ensino á falta de investimentos no sector.
O aumento significativo do número de
escolas de curso superior ainda não se faz acompanhar pela qualidade e rigor
necessários, sobretudo quando comparado com os demais paises africanos.
Mestre :
Aliu Soares Cassamá
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