O economista guineense Santos Fernandes afirmou que a avaliação positiva do Fundo Monetário Internacional à Guiné-Bissau é "extemporânea" e que a população ainda não sentiu o impacto do crescimento económico.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou segunda-feira que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, para 1,5% em 2017 e que o crescimento económico deverá situar-se nos 5,9%.
"É uma avaliação positiva, mas extemporânea pela conjuntura que o país vive. Extemporânea porque quando se fala de crescimento económico cria-se expectativa a nível político e social", salientou.
Conosaba/Lusa
Setor da justiça e falta de empreendedorismo dos guineenses condiciona investimento estrangeiro - economista
O economista Santos Fernandes considerou hoje que o setor da justiça e falta de empreendedorismo dos guineenses tem prejudicado o investimento externo na Guiné-Bissau.
Segundo o economista e antigo professor da Universidade Colinas de Boé, o "lóbi de dentro para fora não ajuda".
"Acho que o próprio guineense quando aborda as várias questões da Guiné acaba sempre por bater na mesma tecla. Nos últimos 20 anos temos tido problemas de autoestima em relação à Guiné, pode ser um conceito de psicologia, do comportamento das pessoas, mas esse comportamento das pessoas também desencoraja o investimento", afirmou à agência Lusa.
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