segunda-feira, 31 de julho de 2017

BANCO DA UNIÃO DA GUINÉ-BISSAU PEDE AJUDA A PRESIDENTE DA REPUBLICA PARA EVITAR ENCERRAMENTO


O presidente do conselho de administração do Banco de Desenvolvimento do Mali (BDM), Ahmed Mohamed AG Hamami, pediu hoje às autoridades guineenses apoio para evitar o encerramento do Banco da União (BDU) da Guiné-Bissau.


O Banco da União da Guiné-Bissau é detido pelo Banco de Desenvolvimento do Mali.

"O que se passa com este banco, neste momento, é a falta de pagamento de créditos há muito tempo. É por esta razão que viemos e contamos com o apoio das autoridades do Mali para intervir junto do Governo guineense e da mais alta autoridade guineense, que o Presidente da República (José Mário Vaz), e ministra das Finanças para encontrarmos uma solução rápida para apoiar este banco", afirmou o antigo primeiro-ministro do Mali.

Ahmed Mohamed AG Hamami, que falava aos jornalistas após um encontro com José Mário Vaz, afirmou que desde 2012 que o BDU tem problemas e que o "banco mãe sempre suportou".

"Segundo os acionistas do BDM já não vai ser mais possível continuar a suportá-los. Os acionistas são maioritariamente privados. Não vamos continuar a suportar esta situação. É absolutamente urgente e indispensável encontrar uma solução perante as dificuldades em que se encontra este banco", salientou.

Sem adiantar os valores do crédito malparado, o responsável disse que a situação pode pôr em risco e penalizar o futuro daquela instituição bancária na Guiné-Bissau.

"Este banco tem estado a participar desde a sua criação no financiamento da economia da Guiné-Bissau. Penso que também é um banco útil e indispensável para o desenvolvimento do país. Era bom que este banco não fechasse. É preciso fazer tudo para que este banco continue a operar e a contribuir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau", sublinhou.

O BDU é um dos bancos da Guiné-Bissau que têm uma grande carteira de crédito malparado.

O crédito malparado aos bancos na Guiné-Bissau é de cerca de 30 mil milhões de francos cfa (cerca de 45 milhões de euros).

Conosaba/Lusa







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