O presidente da república, José Mário Vaz, denuncia que por dia é roubada, nas águas guineenses, mais de 4 mil toneladas de pescado e “agora é chegada a hora de dar esperanças ao povo guineense”
O presidente que falava, esta terça-feira (18/04), na cidade de Canchungo, região de Cacheu, norte do país, durante a quarta etapa da presidência aberta que pretende conhecer de perto as dificuldades do povo guineense, diz ainda que “é triste o que acontece na Guiné-Bissau” sendo que só o mar poderá resolver “grande parte” da economia nacional.
“Na Guiné-Bissau os guineenses não comem bom peixe e nem boa comida. Não existe bom peixe nos mercados guineenses”, lamenta.
Nesta quarta presidência aberta os discursos mantêm-se. O presidente Mário Vaz reafirma ainda que desde que chegou ao poder nunca houve mortos ou tiros por parte das Forças da Defesa e da Segurança e para a estabilidade nacional é necessário união e paz e estabilidade nacional e “este desafio já está quase ganho”.
“Nunca nenhum Homem da imprensa, que defendeu o presidente desde manhã a até a noite, foi intimado por mim (José Mário Vaz). Na Guiné-Bissau existe liberdade de expressão, de imprensa e de manifestação da Guiné-Bissau”, garante.
Ainda em Canchungo o presidente diz que pretende trabalhar pelo bem-estar do povo guineense e denuncia, igualmente, que existem governantes que em curto prazo de tempo adquirem riquezas “duvidosas”.
O presidente adverte ainda que a fronteira terrestre está a ser vigiada e quem for apanhado no fisco será responsabilizado e sancionado conforme as leis existentes.
“Ai de quem tentar tirar a castanha de Caju do país sem que seja levada ao porto de Bissau. O nosso ouro e diamante são a castanha de Caju. Se todos fizerem exportação legal e pagarem imposto os problemas da luz eléctrica, da estrada e da água potável serão resolvidos”, defende.
Já o ministro de Estado e do Interior, Botche Cande, que igualmente coordena a presidência aberta, acusa o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) de ser o principal obstáculo para o cumprimento do acordo de Conacri.
“O presidente da república escolheu nomes da sua confiança e foram de consenso e o governo foi formado no prazo acordado. O acordo diz que o PAIGC deveria retornar incondicionalmente os 15 expulsos do partido e o PAIGC negou categoricamente”, acusa.
Os populares da região de Cacheu pediram melhores condições de vida incluindo a construção dos centros de saúde, melhoria da situação da Polícia de Ordem Pública e pedem que as vias daquela zona, norte do país, sejam alcatroadas.
E o ministro de Estado e do Interior, Botche Cande, promete levar em conta o pedido dos populares em relação a segurança.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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