O presidente de Cuba, Raúl Castro,
comandou nesta quarta-feira (1º) o evento principal das celebrações do
55º aniversário da revolução cubana, realizado em Santiago de Cuba, no
mesmo lugar da cidade onde Fidel Castro proclamou ao mundo o triunfo da
revolta que liderou em 1959.
Mais de 3 mil pessoas compareceram no parque Carlos Manuel de Gramados em Santiago de Cuba,
a segunda maior cidade do país e que está situada a 900 km de Havana,
que fizeram saudações ao líder Fidel Castro, de 87 anos e que deixou o
poder em 2006 por motivos de saúde, sendo substituído no comando do país
por seu irmão mais novo, Raúl.
Em seu discurso, o presidente afirmou que a revolução cubana "pôs fim a
vários mitos, entre eles o de que não era possível construir o
socialismo em uma pequena ilha a 90 milhas dos Estados Unidos".
Contou que foram 55 anos de enfrentamento contra 11 administrações
americanas que, "com maior ou menor intensidade, insistiram no propósito
de mudar o regime econômico e social vigente na ilha".
Raúl Castro denunciou que seu país tem como obstáculo o desafio de
resistir a uma "permanente campanha de subversão político-ideológica"
que tem "como finalidade desmantelar o socialismo" em Cuba "desde
dentro".
Nesse sentido, disse que "podemos perceber as tentativas de introduzir,
sutilmente, plataformas de pensamento neoliberal e de restauração do
capitalismo neocolonial".
"Jamais cedemos, nem cederemos com agressões, chantagens e ameaças",
sentenciou o líder cubano, que também sustentou que a política externa
de seu governo sempre foi "uma arma poderosa para defender a
independência, autodeterminação e soberania nacionais".
Referiu-se também ao isolamento forçado sofrido por seu país em relação
ao restante das nações latino-americanas "por brutais pressões"
norte-americanas, quando, nos primeiros anos, apenas o México manteve
relações com o governo da revolução cubana.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/raul-castro-comanda-ato-por-55o-aniversario-da-revolucao-cubana.html
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