Bissau,
18 Dez.13 (ANG) – A greve geral na função pública guineense, decretada pelas
duas Centrais Sindicais do país, a União Nacional doa Trabalhadores da Guiné
(UNTG), e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI), prossegue
pelo terceiro dia consecutivo e com uma aderência de 100 % dos servidores de
Estado.
Na
segunda ronda negocial entre a Comissão da greve criada pelas duas Centrais
Sindicais e o Governo de Transição, realizada terça-feira, não houve o
entendimento entre as partes.
O
Porta-Voz da Comissão da Greve, Mamadú Candé, acusou o ministro de Estado da
Função Pública, chefe da equipa negocial do Governo, de ter afirmado em plena
negociação que o executivo não possui “máquinas de fabricar dinheiro” para
pagar os dois meses de salários em atraso exigidos pelos sindicatos.
“Estamos
em diálogo com o patronato desde segunda-feira, mas ainda não chegamos a nenhum
consenso”, lamentou.
Por
este facto, segundo Candé, a greve vai prosseguir até sexta-feira e acrescentou
que, por questões humanitárias, decidiram suspender a paralisação dos
transportes públicos, para minimizar o sofrimento das populações.
“A
nossa exigência é diminuir a presença dos polícias de trânsito nas estradas que
numa distância de cinco em cinco metros têm estado a retirar dinheiros aos
motoristas de forma desorganizada”, denunciou o porta-voz.
O
Porta-Voz da Comissão da Greve, afirmou que, a atitude do ministro da Função
Pública é um insulto aos funcionários públicos.
Os
sindicatos exigem entre outros, o pagamento de dois meses de salários e
subsídios em atraso, atualização de preços de produtos da primeira necessidade,
cumprimento dos acordos pendentes com os sindicatos de base, situação da
segurança social e da retoma regular das reuniões do Conselho Permanente de Concertação
Social.
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