É séria a responsabilidade de «Pôr Ordem na Ordem» e se apresentar as eleições de 19 de Março de 2022, abrilhantadas pela
candidatura dos colegas Demir e Januário, só para ficarmos com os primeiros nomes.
Aos candidatos aos órgãos sociais da Ordem de «Pôr Ordem na Ordem» não têm a ilusão utópica de serem capazes de resolver todos os males da Ordem, que
aqui não interessa enumerar, mas é possível fazer o bastante, preservar o que dever ser preservado,
sobretudo a independência e a dignidade da
advocacia; melhorar o que carece de emenda, com imaginação e prudência, e também inovar.
Inovar interna e externamente, adoptando medidas exequíveis e experimentadas no espaço comunitário (CEDEAO, UEMOA E CPLP),
na preparação profissional dos advogados
e na gestão mais moderna da Ordem.
Não só é possível inovar socorrendo-se da experiência dos outros, adaptada em termos convenientes à realidade guineense, como também ter um vasto campo de iniciativas próprias, no domínio da colaboração entre Instituições, da cooperação de ideias e de realizações.
Essas reformas, indispensáveis, carecem de meios que transcendem as possibilidades da nossa Ordem. Mas, não pode ser razão de desânimo. Há que defender, com firmeza, junto dos poderes públicos pela concretização de medidas urgentes, como o «Prestígio da Ordem e a Dignidade da Profissão», «Segurança Social, «Acesso ao Direito e a Justiça », entre outros.
Se são muitos e árduos os problemas da Ordem, certo é que estamos preparados para gerir e reorganizar, e com meios
de actuação de que se carecia anteriormente.
O elemento pessoal é determinante numa Organização, a sua variável, A é diferente de B. Para que se entenda.
E, quando há falha numa gestão, quem falhar paga, porque «chaqu’un connait son rôle».
Tudo porque, o novo Estatuto da Ordem, mais moderno e
melhor elaborado, permite, sem dúvida, enfrentar as
dificuldades atrás referidas com maior eficiência, rapidez e flexibilidade.
Mas, somente a experiência permitirá verificar se certas soluções adoptadas no novo Estatuto carecem de ser revistas ou não; não se hesitará em promover essa revisão.
Caros colegas, uma vez eleitos, a candidatura «Pôr Ordem na Ordem», não só pedirá o apoio da classe, como tentará obtê-lo através da qualidade de serviço a prestar na protecção social do advogado, no estágio, nos debates ou palestras jurídicas como na parte cultural do advogados, esta através da semana ou dia do advogado guineense.
Para tanto, é nosso desejo, actuar de
forma realmente desentralizadora, delegando-se funções, criando-se Comissões de Relações Internacionais (ponto 5, das linhas gerais de
candidatura), sempre no intuito de obter a colaboração de muitos outros colegas , cuja participação na vida da Ordem é tão desejável quanto necessária.
Ao bastonário cabe, antes de mais,
saber descentralizar, estar aberto às colaborações disponíveis, dar apoio e sequência, sem sectarismo, às iniciativas que surjam,
incentivá-las até, contar com a imaginação e boa vontade alheia, ser
independente acima de tudo e capaz de congregar a múltiplos esforços e tendências e, ainda, de abrir a
Ordem aos novos advogados e ao mundo exterior a Ordem; falar, em nome da Ordem,
após consulta prévia à todas as estruturas da
Ordem.
Finalmente, propomos manter a classe
permanentemente informada dos seus problemas, abrindo janelas de críticas e sugestões, aberto a todos os
advogados e advogados estagiários.
Em resumo, espírito de equipa, responsabilidade
solidária, «todos por um, um por todos», de conjugação dinâmica de esforços, de abertura, de informação permanente, de luta contra o
alheamento, e virada para a nossa
comunidade (CEDEAO, UEMOA e CPLP).
Assim, com o incontestável respeito de todos pelo primado de direito, dir-se-ia que
a Ordem cabe ser a casa e o espelho dos
advogado: a casa onde se pode
dialogar, discutir e unir-se, o espelho em que se revejam com orgulho.
Justamente por isso é que a Ordem carece do auxilio dos seus membros, do seu interesse, entusiasmo e união.
Expostas os grandes princípios e modo de actuação, encontram no manifesto as
principais medidas concretas a tomar ou a propor, relativamente aos mais
instantes problemas que se nos deparam.
Temos tempo, espaço e
disponibilidade para se dedicar a Ordem, a tempo inteiro, na sua gestão e reorganização, pois a Ordem não pode ser
gerida em part time.
Caro/a colega, contamos contigo.
J. Mendes «Arnaldo»
C. P. 70, OAGB
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