quinta-feira, 10 de março de 2022

PRINCÍPIOS E MODO DE ACTUAÇÃO « Pôr Ordem na Ordem»

 

É séria a responsabilidade de «Pôr Ordem na Ordem» e se apresentar as eleições de 19 de Março de 2022, abrilhantadas pela candidatura dos colegas Demir e Januário, só para ficarmos com os primeiros nomes.

Aos candidatos aos órgãos sociais da Ordem de «Pôr Ordem na Ordem» não têm a ilusão utópica de serem capazes de resolver todos os males da Ordem, que aqui não interessa enumerar, mas é possível fazer o bastante, preservar o que dever ser preservado, sobretudo a independência e a dignidade da advocacia; melhorar o que carece de emenda, com imaginação e prudência, e também inovar.

Inovar interna e externamente, adoptando medidas exequíveis e experimentadas no espaço comunitário (CEDEAO, UEMOA E CPLP), na preparação profissional dos advogados e na gestão mais moderna da Ordem.

Não só é possível inovar socorrendo-se da experiência dos outros, adaptada em termos convenientes à realidade guineense, como também ter um vasto campo de iniciativas próprias, no domínio da colaboração entre Instituições, da cooperação de ideias e de realizações.

Essas reformas, indispensáveis, carecem de meios que transcendem as possibilidades da nossa Ordem. Mas, não pode ser razão de desânimo. Há que defender, com firmeza, junto dos poderes públicos pela concretização de medidas urgentes, como o «Prestígio da Ordem e a Dignidade da Profissão», «Segurança Social, «Acesso ao Direito e a Justiça », entre outros.

Se são muitos e árduos os problemas da Ordem, certo é que estamos preparados para gerir e reorganizar, e com meios de actuação de que se carecia anteriormente. O elemento pessoal é determinante numa Organização, a sua variável, A é diferente de B. Para que se entenda.

E, quando há falha numa gestão, quem falhar paga, porque «chaqu’un connait son rôle».

Tudo porque, o novo Estatuto da Ordem, mais moderno e melhor elaborado, permite, sem dúvida, enfrentar as dificuldades atrás referidas com maior eficiência, rapidez e flexibilidade.

Mas, somente a experiência permitirá verificar se certas soluções adoptadas no novo Estatuto carecem de ser revistas ou não; não se hesitará em promover essa revisão.

Caros colegas, uma vez eleitos, a candidatura «Pôr Ordem na Ordem», não só pedirá o apoio da classe, como tentará obtê-lo através da qualidade de serviço a prestar na protecção social do advogado, no estágio, nos debates ou palestras jurídicas como na parte cultural do advogados, esta através da semana ou dia do advogado guineense.

Para tanto, é nosso desejo, actuar de forma realmente desentralizadora, delegando-se funções, criando-se Comissões de Relações Internacionais (ponto 5, das linhas gerais de candidatura), sempre no intuito de obter a colaboração de muitos outros colegas , cuja participação na vida da Ordem é tão desejável quanto necessária.

Ao bastonário cabe, antes de mais, saber descentralizar, estar aberto às colaborações disponíveis, dar apoio e sequência, sem sectarismo, às iniciativas que surjam, incentivá-las até, contar com a imaginação e boa vontade alheia, ser independente acima de tudo e capaz de congregar a múltiplos esforços e tendências e, ainda, de abrir a Ordem aos novos advogados e ao mundo exterior a Ordem; falar, em nome da Ordem, após consulta prévia à todas as estruturas da Ordem.

Finalmente, propomos manter a classe permanentemente informada dos seus problemas, abrindo janelas de críticas e sugestões, aberto a todos os advogados e advogados estagiários.

Em resumo, espírito de equipa, responsabilidade solidária, «todos por um, um por todos», de conjugação dinâmica de esforços, de abertura, de informação permanente, de luta contra o alheamento, e virada para a nossa comunidade (CEDEAO, UEMOA e CPLP).

Assim, com o incontestável respeito de todos pelo primado de direito, dir-se-ia que a Ordem cabe ser a casa e o espelho dos advogado: a casa onde se pode dialogar, discutir e unir-se, o espelho em que se revejam com orgulho. Justamente por isso é que a Ordem carece do auxilio dos seus membros, do seu interesse, entusiasmo e união.

Expostas os grandes princípios e modo de actuação, encontram no manifesto as principais medidas concretas a tomar ou a propor, relativamente aos mais instantes problemas que se nos deparam.

Temos tempo, espaço e disponibilidade para se dedicar a Ordem, a tempo inteiro, na sua gestão e reorganização, pois a Ordem não pode ser gerida em part time.

Caro/a colega, contamos contigo.

J. Mendes «Arnaldo»

C. P. 70, OAGB


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