Bissau, 26 Out 21 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) apela ao governo à sentar-se com sindicato do setor de saúde para se encontrar uma solução que ponha termo a paralisação que se verifica no sector.
O apelo da terceira maior força política da Guiné-Bissau, um dos membros da coligação partidária que suporta o actual governo, foi feito esta terça-feira numa conferência de imprensa por um dos Vice-presidente do PRS, Lássana Fati.
Fati reconheceu a fragilidade do sistema de saúde guineense, frisando que, com a situação vigente, pode transformar-se “numa lástima”.
“Nós do PRS concluímos que o governo deve se sentar com o sindicato de saúde para ultrapassar esta situação porque trata-se de saúde e vida da população", disse.
Pediu ao governo e sindicato para deixarem o orgulho e tudo o que lhes impedem de se sentar à mesma mesa, para voltarem a dialogar visando o encontro de soluções para a situação que se vive no sector da saúde pública.
O Pessoal médico, médicos, enfermeiros, parteiras e técnicos da área observam uma greve por tempo indeterminado que dizem ser “um boicote”, aos serviços sanitários de todo o país, em revindicação de pagamento de atrasados salariais, aplicação da carreira médica e melhoria das condições de trabalho.
Perguntado sobre a decisão de requisição civil anunciada pelo governo, Fati disse que isso não quer dizer nada, justificando que aquela medida visa colmatar a situação atual e diz que não implica que os técnicos vão ficar fora do sistema.
“Não podemos ficar parados até chegar ao entendimento, é complicado. A requisição civil está sendo feita para poder atender os doentes nos hospitais, por enquanto as negociações estão sendo feitas”, sustentou Fati.
Informou que a Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular para Área Social dirigida por ele, a Sociedade Civil e o Governo têm já realizado vários encontros com os elementos dos sindicatos da saúde, e diz estar confiante de que haverá soluções para a situação que se vive no sector.
Lassana Fati reconheceu que a situação chegou ao ponto em que todo o mundo está preocupado, acrescentando que é preciso ter a calma.
Ao responder a questão dos jornalistas sobre o facto de que, até então, as aulas não se inciaram nas escolas públicas, Fati disse que as aulas vão começar brevemente, e diz que essa garantia foi dada pelo o Ministro da Educação Nacional.
Conosaba/ANG/DMG/ÂC//SG
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