O ponto focal da Rede Lusófona da Educação Ambiental dos Países e Comunidade de Língua Portuguesa (Rede Luso), Fernando Saldanha, disse que a delegação da Guiné-Bissau está pronta para passar testemunha a Cabo Verde que, depois do VI Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza (Espanha), assumirá a presidência da organização.
“A Guiné-Bissau é que detém o congresso neste momento e vamos passar a testemunha por meios destes objetos que vamos levar, que são: Pano de Penti; Tartaruga; Tubarão e Bombolom. São estes os objetos que nos representam em termos culturais. Cabo Verde e a Guiné-Bissau são países irmãos, e, por isso, no centro do Pano de Penti está a imagem do rosto do nosso líder imortal, Camarada Amílcar Lopes Cabral, e vai ser entregue em nome do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, enquanto Presidente de honra da delegação, à autoridade máxima que presidir o congresso”, disse.
Fernando Saldanha falava aos jornalistas depois da cerimónia da entrega de bandeira nacional à delegação que vai representar o país no VI Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza (Espanha), a realizar-se em Cabo Verde.
O Chefe de Estado da Guiné-Bissau recebeu a bandeira das mãos de um soldado fardado a rigor com uniforme militar e depois passou-a ao ponto focal da Rede Luso, Fernando Saldanha.
A delegação da Guiné-Bissau está constituída por 51 pessoas, entre as quais, 3 representantes do governo e 48 representantes das organizações não-governamentais, instituições públicas, privadas e administrações setoriais, professores universitários, comissão científica, artistas, cantores, promotores de produtos gastronómicos e jornalistas.
A delegação sai de Bissau na madrugada de sábado, 30 de outubro, com destino à Praia, capital de Cabo Verde.
O ponto focal da Rede Luso, Fernando Saldanha, explicou que o congresso servirá não só para o debate de temas ligados ao ambiente, mas também será o palco de apresentação das exposições de diferentes produtos alimentares, recursos haliêuticos e objetos do país.
“São várias as atividades agendadas. No congresso faz-se poucas horas na sala e o resto do tempo é reservado a visitas, sobretudo das ações levadas a cabo pelas diferentes comunidades”, contou.
Saldanha disse que queria aproveitar o seu mandato (2019/2021) para obter um fundo para o nosso país, mas não conseguiu recebê-lo devido à pandemia do novo coronavírus.
“Insistimos com a CPLP, que nos disse que era impossível desbloquear a verba durante o ano em curso. São no total 260 mil Euros, correspondente a 170 milhões de francos cfa. O dinheiro seria destinado à construção do maior centro da conferências em Bubaque, e que iria ser batizado com o nome de Eng. Nelson Dias”, referiu.
Questionado sobre as dificuldades de ordem financeira com que se deparada a delegação, respondeu que a dificuldade tem a ver com os subsídios para ajuda de custos de alimentação dos delegados. Contudo, diz que 97 por cento de bilhetes de avião foram pagos e o hotel para o alojamento também está garantido.
“Temos garantia dos membros do governo que nos receberam e prometeram apoio. O governo suspendeu despesas e o Presidente da República instruiu os membros do governo a assumirem o engajamento das despesas a nível pessoal ou institucional. O próprio chefe de Estado deu-nos 10 mil dólares norte-americanos, aproximadamente seis milhões de francos cfa, que serviu para pagar 18 bilhetes de avião” disse, para de seguida destacar também a contribuição do ministério das Pescas que assumiu o custo do hotel e outras despesas.
Por: Assana Sambú
Foto: Cortesia da Presidência da República
Conosaba/odemocratagb
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