O Ministro das Pescas, Mário Fambé, afirmou que o país não dispõe de uma frota nacional e o Estado nem sequer tem uma piroga de pesca, por isso há escassez de peixe no mercado nacional.
O governante falava à margem da visita às diferentes instituições sob tutela do Ministério das Pescas, nomeadamente: a Afripêche, embarcações em reparação no Porto de Pindjiguiti, obras do CIPA, FISCAP e o Porto de Alto Bandim.
Mário Fambé disse que a intenção do governo é que Guiné-Bissau volte a exportar pescado, como acontecia até 1998.
“Queremos que a União Europeia nos conceda o certificado de exportação. Primeiro vamos atacar a via marítima, depois a parte terrestre”, sublinhou e disse que a previsão é de até 2022, para permitir que o país crie mais postos de emprego, mais economia e mais investimento.
“As obras da sede de Fiscap e CIPA estão atrasadas por falta de financiamento, mas o governo já disponibilizou uma verba, até dezembro de 2022, o Fiscap vai terminar a sua obra”, assegurou.
Mário Fambé disse que o governo está a trabalhar com os parceiros para a aquisição dos contentores de conservação de pescado.
O diretor técnico da Afripêche, Alberto Demba Turé, revelou que foram investidos mais de dois milhões e meio de euros na construção da empresa Afripêche e que foi um dos melhores investimentos na sub-região.
Referiu que a empresa tinha começado a exportar pescado e por conseguinte contratou 15 pirogas senegalesas para pescar, mas devido ao clima de “sucessivas instabilidades a experiência não teve pernas para andar”.
Durante a sua visita, o governante confrontou-se com um grupo de peixeiras que estavam a reivindicar a falta do pescado no mercado nacional.
Em declarações aos jornalistas, Nené Fofona, uma peixeira no mercado de Alto Bandim, disse que graças aos esforços das mulheres vendedeiras que atravessam a fronteira à procura de peixe o mercado resistiu àquilo que seria a maior crise de abastecimento do mercado em pescado na Guiné-Bissau.
“O problema maior tem a ver com a conservação desse pescado, às vezes alguns estragam-se por falta de gelo”, lamentou.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb
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