Bissau, 25 out 2021 (Lusa) – Os dois líderes sindicais do setor da saúde detidos sexta-feira na Guiné-Bissau foram hoje libertados, disse à Lusa o seu advogado de defesa, Fodé Mané.
Segundo o advogado, os dois líderes sindicais foram libertados ao início da tarde com a medida de coação de apresentação periódica às autoridades.
O inquérito do Ministério Público foi aberto na sequência de um boicote dos técnicos de saúde em setembro que decidiram paralisar em bloco os estabelecimentos hospitalares e centros de saúde do país, sem observância dos serviços mínimos.
Na sequência da detenção dos dois sindicalistas, os técnicos de saúde iniciaram sábado mais um boicote em território nacional.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos exigiu hoje a “libertação imediata” dos sindicalistas detidos sexta-feira pelo Ministério Público, considerando que se trata de uma tentativa restringir a liberdade sindical do país.
A organização não-governamental responsabilizou também o Governo pela “perda de vidas humanas decorrentes das paralisações sistemáticas do sistema de saúde” e exigiu a criação de diálogo entre as autoridades governamentais e as organizações sindicais.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos exortou igualmente às organizações sindicais para “adequarem as suas lutas laborais aos ditames da lei da liberdade da greve e da liberdade sindical, evitando assim paralisações sem observância dos serviços mínimos”.
O Governo guineense decidiu hoje também decretar uma requisição civil para o setor da saúde até 31 de dezembro.
Conosaba/Lusa
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