sexta-feira, 13 de agosto de 2021

VIº congresso do PRS: DOMINGOS QUADÉ AFIRMA QUE A GUINÉ-BISSAU ESTÁ “DE JOELHOS” NA ARENA INTERNACIONAL

Domingos Quadé, um dos dirigentes que manifestou o interesse de concorrer à presidência do Partido da Renovação Social (PRS), afirmou que a Guiné-Bissau está “de joelhos” na arena internacional e que os guineenses são vistos como cidadãos condenados a viver na pobreza e, ao mesmo tempo, “como portadores de desvalores verdadeiramente atentatórios à moral da humanidade”.

Domingos Quadé disse que a gravidade deste fato está na frustração que se sente no guineense comum, traduzida diversas vezes nas “expressões amargurantes” como: “é terra kapilinu”, “Guiné dana um bias” e “ninguin ka pudi kumpu Guiné”.

Segundo Quadé, em consequência desse sentimento, o país é frequentemente reputado por certos analistas internacionais “ora como narco-Estado, ora como Estado falhado”. Para Quadé, tais qualificações pejorativas atestam o “nível profundo de patologia que abala a Guiné-Bissau”.

“Prova disso, nas últimas décadas, a Guiné-Bissau tem ocupado a agenda internacional, nomeadamente, a da CPLP, da CEDEAO, da UA e das Nações Unidas por péssimos motivos”, criticou.

No discurso, esta quinta-feira, 12 de agosto de 2021, na apresentação da sua moção de estratégias “pela continuidade modificativa do nosso grande partido”, Quadé referiu que parece ser, por este modo de ver, que alguns guineenses admitem que o país é e será uma “sucessão de tragédias” e como tal não resta mais resiliência nem inteligência para resgatá-lo.

Na moção de estratégias virada à juventude, às mulheres, à sociedade civil, Domingos Quadé alertou que está em jogo “futuro comum”, porque a diáspora e a comunidade internacional esperam dos renovadores opções claras para a mudança.

“Por isso não pode ele (futuro comum) falhar nem se comprar ou intimidar por quem quer que seja”, salientou Domingos Quadé, para de seguida defender que o PRS, enquanto partido de massa, não pode sucumbir-se nas “regras de capelinhas” que “gangrenam toda a nossa força, o nosso potencial político”.

O líder do projeto “PRS UNIDO” indicou que o seu maior desejo é que a política seja feita com as pessoas e para as pessoas porque, conforme disse, “ Kumba é um exemplo paradigmático disso”.

“Lutou com e para as pessoas e morreu pobre porque pelas pessoas, este é o desejo do PRS. Um partido que luta com e para as pessoas, sobretudo a juventude”, enfatizou.

Defendeu um o processo de transformação positiva do país, através de um investimento “sério e robusto” na educação, saúde e no empreendedorismo juvenil.

“A nossa candidatura, uma vez confirmada, irá trabalhar apenas para os jovens, integrando-os na esfera de tomada de decisões políticas, económicas e sociais do país”, assegurou. Em relação às mulheres, o líder do projeto “PRS UNIDO” promete trabalhar na integração da dimensão do género em todas as estratégias do partido e assegurar as suas participações no processo de tomada de decisões, bem como investir na formação das mulheres, meninas e raparigas.
No plano social, sublinhou que a sociedade civil será um parceiro privilegiado do PRS na promoção da democracia participativa, da cidadania ativa e responsável, na resolução das clivagens sociais, sobretudo na articulação das “grandes questões” que se prendem com a definição das políticas públicas.

O VIº congresso ordinário do PRS realizar-se-á no próximo dia 19 de setembro do qual devem fazer parte 901 delegados a nível nacional.

Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Conosaba/odemocratagb

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