O sociólogo guineense igualmente secretário executivo da organização não-governamental Tiniguena disse hoje que nos últimos dez anos, o país não tem capacidade de gestão da concepção da licença de exploração da madeira bruta.
Segundo Miguel de Barros, entre 2012 a 2020 é difícil encontrar florestas primárias sobretudo nas regiões de Cacheu e Oio “ porque o país concede licenças de cortes de madeiras sem nenhum inventário que permita perceber qual a capacidade de exploração, mas ao mesmo tempo, não se desenvolveu nenhuma capacidade interna que o permite transformar os produtos derivados da exploração florestal que permitisse a compensação das pequenas comunidades”.
Para o sociólogo, a exploração anárquica dos recursos florestais não só potenciou a corrupção a nível das estruturas públicas, mas também na própria comunidade onde algumas comunidades puseram em causa a pertinência da conservação das suas florestas “ e hoje têm falta de recursos, têm conflitos entre si e maior precariedade em termos de condições de vida”.
Na mesma comunicação, Miguel de Barros diz que a exploração do espaço florestal para implantação de caju é da ameaça mais evidente entre as acções desencadeada de uma forma informal.
Para isso, roga ao titular da pasta da Agricultura e Desenvolvimento Rural que seja o porta-voz desta iniciativa junto ao conselho de ministros para que a adopção deste documento seja mais um elemento de união, de coesão e do bem-estar do que do conflito, tensão e desconfiança entre os guineenses.
Em 2012, o país foi confrontado com abate brutal das florestas e travado em 2015 com o anúncio da moratória de 5 anos. Não obstante a moratória, muitas denúncias foram feitas ao longo deste período de abate clandestino das árvores sobretudo da espécie pão-de-sangue.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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