O grupo parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exigiu a contratação de uma “auditoria internacional, isenta e credível” para tirar a limpo a suposta existência do contrato e assinatura do acordo de exploração do petróleo da Guiné-Bissau.
Em comunicado com a data de 1 de Julho na posse do semanário O Democrata, o grupo parlamentar do PAIGC exige também que os cidadãos guineenses sejam informados em primeira instância e toda a opinião pública interna e internacional, qual o estado da nação e quem são os responsáveis pela suposta assinatura do contrato.
“A confirmar-se a existência deste contrato e a sua assinatura por um presumível representante do Presidente da República estar-se- ia em face de um crime de lesa pátria e usurpação de poderes e competências, que devem merecer a devida responsabilização e julgamento” lê-se no documento de duas páginas, sublinhando que se pretende desviar o petróleo para o enriquecimento de “uns quantos”.
Recentemente, o Ministro das Finanças, João Mamadu Fadia confirmou que a dívida pública da Guiné-Bissau é avaliada em 79% e que o país caminha para a insustentabilidade.
Sobre o assunto, o grupo parlamentar exige a informação detalhada sobre o “paradeiro e a utilização” de todo o dinheiro dos sucessivos empréstimos contraídos nos últimos meses, assim como a implicação e as consequências dessa declaração de “bancarrota pública”.
“Sem grandes surpresas, desfilou na praça publica uma lista interminável de casos de dilapidação do erário público, por via de contratos, pagamentos e apropriação indevidos do bem coletivo por uns tantos que insistem em associar a sua avidez comercial ao seu oportunismo político, e sem qualquer reação oficial dos órgãos encarregues e responsáveis pela salvaguarda nacional, e nem daquela que se designa por casa de democracia e das leis, ANP” acusou o grupo.
Por fim, o grupo parlamentar do PAIGC apela ao povo guineense e à diáspora a reforçarem a sua vigilância e prontidão para servir a nação e proteger as conquistas da liberdade e da igualdade e que se prontifiquem a “derrotar todas e quaisquer tentativas de subversão dos direitos cívicos, que a todos assiste, em igualdade de circunstâncias e de acordo com as leis da república”.
Por.: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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