Os representantes dos diferentes órgãos de comunicação social, públicos, privados e comunitários estiveram-se reunidos, nos dias 23, 24 e 25 de junho findo, num Fórum dos Mídias Parceiras a promoção do bem-estar da criança, da sua família e desenvolvimento das comunidades.
O evento que decorreu no Hotel Uaque, arredores de Mansoa, foi promovido pelo UNICEF, em colaboração com o Governo e a ONG Palmeirinha, e tinha como objetivo avaliar a contribuição das rádios, em particular e dos mídias parceiras, em geral, no âmbito do alcance dos resultados.
A representante adjunta do UNICEF foi quem presidiu a cerimónia de encerramento dos trabalhos de fórum onde, também, foi apreciado a performance dos conteúdos produzidos, emitidos e/ou publicados pelos mídias parceiras, através de exercícios práticos.
Na ocasião, Anhoa Iauregui Beitia manifestou a sua satisfação pela participação, discussão e o nível dos debates, dizendo que esse fórum foi organizado com o espírito de melhorar as parcerias e o desempenho, para fazer com que as populações mudem as práticas nefastas para os direitos das crianças.
Igualmente, felicitou os colegas do programa e parceiros de Implementação (PI) pela iniciativa que considerou de necessária para alcançar resultados preconizados no âmbito dos oito objetivos fixados pelo UNICEF.
Entretanto, o fórum, como é óbvio, serviu de espaço de discussão e de avaliação do desempenho individual e coletivo das rádios, em particular e, dos mídias, em geral. Igualmente, os seus programas e conteúdo, respeito de regras e horários, o quanto suas atitudes estão alinhadas aos valores do princípio dos superiores interesses da criança e seus resultados, bem como para medir a qualidade e o grau de efetividade do trabalho ao abrigo do acordo de parceria assinado.
Identificar estrangulamentos
Esse fórum ajudou o UNICEF e Parceiros de Implementação na identificação dos pontos fracos, fortes e de melhoria, no âmbito da parceria, especialmente, sobre os produtos, ou seja, programas produzidos e difundidos.
Aliás, durante as discussões as rádios parceiras revelaram a existência de dificuldades de ordem financeiras e material. Por isso, pediram ao UNICEF no sentido de aumentar os apoios, quer no aspeto financeiro, assim como na assistência técnica, porque, no entender desses órgãos de informação, o Governo não tem prestado mínima atenção ao setor privado da comunicação social - rádios comerciais e comunitárias.
Por seu lado, o UNICEF mostrou que, contrariamente ao passado, agora os recursos são limitados e, para o efeito, recomenda maior organização e intensificação das emissões, adaptando-as ao horário que favorece as comunidades. Porém, garante a continuidade dos apoios, mas insiste na necessidade de as rádios velarem pela apresentação de evidências e do impacto das suas emissões.
Entretanto, nesse fórum foram feitas abordagens dos programas setoriais, desafios e perspetivas sobre o que deverá ser o contributo dos mídias/rádios em relação à imunização, nutrição, VIH; acesso à educação, aprendizagem e a pequena infância; proteção, violência/MGF, casamento infantil e o registo de nascimento; água, higiene, saneamento e livre defecação ao céu aberto.
De destacar que, em relação ao programa de saúde, foi dito que o maior investimento nessa área deve ser feito nas comunidades, onde se regista oitenta por cento de casos. Segundo Umaro Bá, oficial do programa de saúde do UNICEF, o Hospital Nacional Simão Mendes só atende cinco por cento de complicações e hospitais regionais recebem quinze. Revelou, no entanto, que as doenças mais mortais nas crianças são o paludismo, diarreia e pneumonia.
Texto e foto: Adulai Djaló
Conosaba/nô pintcha
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