O presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, advertiu que o primeiro-ministro será automaticamente demitido das suas funções caso o Tribunal confirmar o seu envolvimento na corte ilegal das árvores nas matas do país.
O presidente, que por várias vezes reafirmou que o lugar de Nuno Nabiam é inegociável e, que o Primeiro-Ministro só será demitido caso for confirmada a sua participação num acto de corrupção, respondia assim as perguntas colocadas pela Rádio Sol Mansi, durante encontro com a imprensa no palácio da República, sobre os ganhos que o país alcançou durante o ano 2020 e perspectivas para o próximo ano 2021.
“É verdade que eu digo que a cabeça do Nuno [Gomes Nabiam] é inegociável, mas ele já me provou que tem a maioria no parlamento, e eu não quero ser aquele presidente que cada dia tira um decreto da exoneração não sou aquela pessoa muito estável, e depois, não gosto de usar alguém e depois abandonar. Mas, no dia que houver um processo contra Nuno [PM] e foi julgado e eu entender que é imoral, ele próprio devia entregar a sua carta de demissão”, ameaçou.
Recentemente a Polícia Judiciaria manifestou ao Ministério Público que convoque o PM, Nuno Gomes Nabiam, para uma audição, porque é suspeito de envolvimento na corte ilegal de árvores.
Sissoco Embalo considerou de “fenomenal” o trabalho da Polícia Judiciária nos últimos tempos, afirmando que “ a Polícia Judiciária é uma instituição de acção não de publicidade, como era nos tempos atrás, qualquer coisa convocam a imprensa como se fosse os partidos políticos”.
O chefe de Estado diz que pondera criar uma agência de ética e anticorrupção para moralizar a sociedade guineense. Afirmando que tem poucos compromissos e, ninguém lhe financiou durante a campanha eleitoral, porque “é difícil combater a corrupção se durante a campanha eleitoral recebesse alguns financiamentos”.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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