O líder da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Califa Seide, considerou esta quarta-feira, 13 de janeiro de 2021, ser “covardia” a atitude das bancadas parlamentares do Partido da Renovação Social e do Movimento para a Alternância Democrática, ao abandonarem a sessão plenária durante o debate dos estatutos dos combatentes da liberdade da pátria.
Califa Seide defendeu que, enquanto se discutida o problema dos antigos combatentes “que sacrificaram as suas vidas para que hoje o povo guineense ficasse livre”, não fazia sentido que as duas bancadas parlamentares abandonassem a sessão “no meio da discussão de um assunto tão importante como este”.
“Quando algumas pessoas dizem que a base da criação do seu partido são os combatentes da liberdade da pátria, hoje abandonam a sessão plenária e desviam a atenção do povo, é porque são pessoas covardes. Mas a população está atenta para ver quem são os partidos que se preocupam com assuntos nacionais ou aqueles que têm uma agenda nacional”, sublinhou.
Por seu lado, o vice-líder da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), João Alberto Djatá, afirmou, antes da sua bancada abandonar a sessão, que não há nenhuma formação política no parlamento guineense com sensibilidade forte e acertada em relação aos antigos combatentes da liberdade da pátria mais do que o PRS.
Djatá lembrou que quando à sua formação política foi atribuída a possibilidade de governar o país, construiu casas para os antigos combatentes da liberdade da pátria.
Para o deputado da bancada parlamentar do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Nelson Moreira, se a bancada parlamentar do PAIGC estivesse interessada em debater os assuntos dos combatentes da liberdade da pátria, deveria dignar-se tomar parte na reunião convocada pelo presidente do parlamento sobre essa matéria.
“De forma deliberada não tomaram parte nessa reunião e hoje neste debate estão a mostrar que são sentimentalistas e solidários com os combatentes. Estiveram 47 anos no poder nunca resolveram essa situação”, disse.
Enquanto decorriam discussões para se encontrar um consenso à volta deste assunto, as bancadas parlamentares do PRS e do MADEM G-15 decidiram abandonar a sessão, apesar de terem apenas 45 deputados.
Na sequência do abandono, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, suspendeu a sessão, alegando falta de quórum.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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