por: yanick Aerton
A passagem das
ideologias, dos grandes ideais da defesa daqueles que Franz Fanon chamava de “os
condenados da terra”, ideologia da esquerda progressista, do Séc.
XX, ao poder do dinheiro, como poderosíssima arma para convencer e
atrair o eleitorado e, uma vez instalado no trono, o governante ter as grandes
avenidas abertas para abusivamente explorar os recursos naturais do povo, sob o
falso pretexto de defender os seus interesses.
UNE NOUVELLE REVOLUTION S’IMPOSE
POUR LIBERER L’AFRIQUE – UMA NOVA REVOLUÇAO SE IMPOE PARA LIBERTAR A AFRICA – A
NEW REVOLUTION IS NEEDED TO FREE AFRICA
Esta é a realidade da
África contemporânea, ou simplesmente da África dos nossos dias.
Somos governados na maior
parte dos nossos países por “ENDINHEIRADOS”.
Como conseguiram esse
dinheiro? Não importa. O mais importante é de que, aproveitando-se da miséria
da grande maioria do povo, a narração populista do “ENDINHEIRADO” consegue
superar todas as ideologias, por mais interessantes e realistas que sejam, ou
por mais ferramentas técnicas, políticas e académicas de que os proponentes
estejam armados.
Doravante, aquele que não
tem dinheiro, que desista, se pensa candidatar-se ao mais alto cargo do Estado,
porque ninguém irá perder o seu tempo para escutar as suas propostas ou
projectos de sociedade que apresenta ao povo.
Isso já era! Na
tempo di nhu Baba. Política goci i Money.
Aliás, o povo africano
tornou-se agora tão imediatista que não pensa no seu amanhã, interessando-lhe
apenas resolver as questões do seu quotidiano, uma vez que os governantes
governam apenas para si e aos seus familiares e amigos.
Se por milagre, como às
vezes acontece e tem acontecido na Tunísia, Tanzânia, Cabo
Verde, alguém sem grandes meios conseguir transpor essa barreira de “Money
politics”, muitos deles, no finish, acabam também por se tornar em
“ENDINHEIRADOS”, a exceção de países organizados como Cabo
Verde.
E, assim vai a mama África de Miriam
Makeba.
Perante esse facto, qual
deve ser a opção dos africanos na escolha dos seus líderes, porque nenhuma
responde às suas aspirações, e coitadinhos, e at eternum, sujeitam-se à
exploração uma exploração mais dolorosa que a do colon, a dos seus irmãos.
Por isso é que os
esforços de todos devem ser no sentido da procura de uma terceira via, aquela
que não obrigue a que o povo soberano seja refém do governante.
Mas, para isso é preciso
sairmos todos das nossas respectivas zonas de conforto e combatermos contra
todos aqueles males que fazem de nós simples “carneiros” ou “cegos e submissos seguidistas”, por causa de uns rebuçados.
Nunca se deve estar
contra um “ENDINHEIRADO” para dirigir o povo, até muitas vezes o dinheiro
ostentado é fruto de práticas pouco claras, mas ao menos que sejam promovidas
politica que permitam ao povo emancipar-se para estar em condições de fazer
melhores escolhas perante projectos de sociedade que os postulantes a cargos
públicos apresentam a esse mesmo povo.
Continuemos a andar com
os nossos próprios pés e a pensar com as nossas próprias cabeças!
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Viva a Guinendadi!
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