sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

LÍDER DE BANCADA DE APU-PDGB PEDE AO PR SISSOCO QUE INTERCEDA PARA A LIBERDADE DE ARISTIDES GOMES

 

O líder de bancada parlamentar de Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Marciano Indi, pediu ao Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, que use sua influência de magistratura para que o antigo primeiro-ministro, Aristides Gomes, possa abandonar as instalações das Nações Unidas, em Bissau. Indi pediu  também que o PR trabalhe para  o regresso ao país do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

O deputado fez esse apelo na sua declaração aos jornalistas na noite de 23 de dezembro de 2020, depois de uma reunião de mais de três horas que o chefe de Estado guineense manteve com os líderes das bancadas parlamentares e responsáveis de partidos políticos com o assento na Assembleia Nacional Popular (ANP). O Parlamento na presente legislatura está constituído por seis partidos, designadamente: o PAIGC – 47 mandatos; MADEM – 27 mandatos; PRS – 21 mandatos; APU – PDGB – 5 mandatos; UM – 1 mandato e PND também tem um (1) mandato.

Marciano lembrou na sua comunicação que a liberdade de expressão está consagrada na Constituição da República e que cada um é livre de exprimir a sua opinião, em particular os deputados da nação, mas sem ultrapassar os limites. Sublinhou que, na qualidade de um dos responsáveis da bancada dos apuanos, pode instruir os seus deputados,  através de seminários, para a melhoria da linguagem no momento das sessões parlamentares.
“O papel do Presidente é de unir os guineenses e promover entendimento para que os guineenses possam  pensar no desenvolvimento da Guiné-Bissau. O Presidente da República é o símbolo da unidade nacional e o seu maior trabalho é  saber unir os guineenses, independentemente do partido que o apoiou ou não”, alertou.

“Temos a aportunidade de falar  com o chefe de Estado sobre a situação “anormal” em que se encontra o antigo primeiro-ministro, Aristides Gomes. Há toda a necessidade de o Presidente da República usar a sua influência para tirá-lo de lá. E gostaría também de ver o seu colega [Domingos Simões Pereira],  que disputou a segunda volta das eleições presidências regressat ao país, porque “hoje ele é o Presidente da República de todos os guineenses”, disse.

O deputado e presidente da União para a Mudança (UM), Agnelo Regala, disse que o encontro permitiu “de forma clara e frontal abordar determinadas questões”.

“O diálogo é que deve ser a base de todo o processo, que queremos desenvolver para a estabilidade,  apaziguar a sociedade e andarmos para a frente” referiu para em seguida, afirmar que “somos adversários e não inimigos, acabou a campanha eleitoral e devemos concentrar a nossa atenção naquilo que é fundamental, que é o problema do desenvolvimento e resolução de problemas sociais que afligem todos os filhos da Guiné”.  

“Para isso, é necessário criarmos aquilo que, para nós da União para a Mudança, é fundamental; a criação da base de confiança, porque a desconfiança ganhou a força nesta sociedade e é preciso reconstruir laços de confiança, o só será possível com o diálogo”, advertiu o deputado.

O líder do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló, destacou que o diálogo é o melhor para futuro do país.

Por: Assana Sambú

Conosaba/odemocratagb

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