Por: yanick Aerton
Sobre os progressos
alcançados neste curto espaço de tempo pelo governo liderado pelo
primeiro-ministro Eng. Nuno Gomes Nabian.
Com as eleições gerais
realizadas no mês de Novembro de 2019, processo que culminou com a eleição do
então candidato presidencial, General Umaro Sissoco Embalo, a 29 de Dezembro de
mesmo ano, uma era de esperança se abriu para o Guineense, cujo sonho foi sendo
adiado pelos sucessos regimes, desde o avento do 14 de Novembro 1980, numa
altura em que foi abruptamente interrompida a maior dinâmica que se desenvolvia
na nossa região, em termos de desenvolvimento.
Com essa alternância, e
sobretudo com a perda maioria parlamentar pelo PAIGC, ainda que de forma
atípica, pensava-se que o bom senso ia reinar e que os atores políticos, tanto
da “mouvance presidentielle” quanto a oposição, iriam reflectir mais seria e
patrioticamente sobre os passos a seguir, face a nova realidade política.
Que a oposição iria
exercer de forma construtiva o seu papel e que a maioria iria estender a mão a
essa mesma oposição, para juntos construirmos uma Guiné de que todos nós
sonhamos e para a libertação da qual os melhores filhos da pátria de Cabral
deram as suas vidas no campo da batalha.
Assistimos nos últimos
dias a muitos acontecimentos, e os que mais chamaram a nossa atenção, são os
seguintes:
Os debates parlamentares
e a forma como muitos dos representantes do povo apresentam as suas opiniões
sobre as questões;
A intenção do Presidente
da República de dissolver o parlamento, tendo em conta algumas situações que
para o Chefe de Estado, são sinais susceptíveis de gerar uma crise profunda.
Sobre os dois pontos,
parece chegar-se a consenso de que os parlamentares devem manter um “low
profile”, por forma a preservar aquele prestígio que o Parlamento
merece como casa do povo. Ao Presidente da República se dirige também um
reconhecimento pela lucidez, mas sobretudo pela humildade que demonstrou depois
das audições, virtudes de um chefe de estado que põe em primeiro lugar os interesses
do povo acima dos seus interesses pessoais.
A velocidade de cruzeiro
que as novas autoridades estão a imprimir, sobretudo a agressiva diplomacia que
o primeiro magistrado da nação está a levar a cabo, faz com que todos nós
estejamos de acordo de que é chegada a hora de enterrar o machado de guerra.
É bom não esquecer que
pertencemos todos a mesma família, embora sejamos obrigados a separar o “family
business” da gestão da coisa pública. Tendo esse aspecto em consideração,
estaríamos de acordo de que o livre exercício dos direitos consagrados na Lei
Magna deve ser respeitado.
Estando a viver num
estado de direito, devemos afastar-nos de actos que põem em causa esses
direitos, dai a razão porque se deve repensar seriamente quando se adoptam
medidas que não contribuem senão para manchar a imagem da Guiné-Bissau.
Que cada órgão de
soberania cumpra o seu papel dentro dos parâmetros legais, e em estrita
obediência a Constituição da República.
Que à Justiça sejam
disponibilizados os indispensáveis meios para que os juízos possam funcionar,
sem pressões politicas e que decidam segundo a lei e a sua consciência,
evitando voltar aos erros do passado recente que, caso não fossem acautelados
certos aspectos, o pais cairia numa crise sem precedentes.
Os progressos que vimos
assistindo traduzem aquilo com que o povo vinha sonhando desde que, nas Colinas
de Boé, a 24 de Setembro de 1973, foi proclamada a independência
da Guiné-Bissau, depois de 17 anos da existência do PAIGC e de
11
anos de dura luta armada de libertação nacional, dirigida pelo nosso líder
imortal Amílcar Lopes Cabral (Glória Eterna!).
Que nenhum ator ou grupo
de atores pense que é ganhador, o maior ganhador destas lutas democráticas é o
povo. Se concordarmos com essa visão, veremos que nem a maioria parlamentar e
muito menos a oposição deve vangloriar-se de seja qual for a conquista, mas sim
adoptar uma postura mais responsáveis.
Recomenda-se a humildade,
a entrega total à causa nacional, mas também acompanhamento rigoroso e critico
da oposição para que a rapaziada saiba que está a servir o povo e não se
servir.
Que todos os Guineenses
nomeados para exercerem cargos de responsabilidade, ou eleitos, saibam que o
povo está atento, e todos os actos de corrupção serão denunciados junto da
Procuradoria-Geral da República.
Isso de trabalhar um ano
e construir mansões ou encher as contas bancárias de milhões de FCFA, desviados
dos fundos públicos impunemente, kila caba dja.
Coadjuvado pelo
experiente VC Primeiro-ministro, Eng Soares Sambu, que o Eng
Nuno Gomes Nabian tenha mão dura sobre quem prevaricar.
Deus abençoe a
Guiné-Bissau!
Viva a Guinendadi!
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