O director-geral do concurso público disse hoje (4), que os guineenses não gostam de concurso preferindo mais a requisição directa.
“Nós aqui na Guiné-Bissau, não gostamos do concurso, queremos mais pegar o dinheiro para compra ou execução directa” justificou Mamadjam Djaló.
Segundo o responsável, a maioria dos concursos público feitas no país são dos projectos, porque os financiadores BOAD (Banco Oeste Africano para Desenvolvimento) ou BAD (Banco Africano para Desenvolvimento) assim o exigem.
“ Mesmo assim, temos problemas, mas vamos conversar com estes financiadores porque os seus procedimentos e os nossos não têm grandes diferenças, mas as formas da execução não são informadas”, acrescentando que “ quando lançam o concurso, na abertura dos envelopes nos convidam para fazer a avaliação e depois quando assinamos, já não sabemos mais do que se passa, portanto temos que mudar este cenário porque todo o dinheiro, desde já que é para a Guiné-Bissau, tem que ser controlado porque é da Guiné-Bissau”, avisou.
Questionado sobre critério para um concurso público, Mamadjam Djaló diz que “qualquer indivíduo pode lançar concurso público mas há regras. Se um ministério quer comprar secretárias e o valor ultrapassa cinco milhões de franco CFA, têm que ser submetido ao concurso público, mas se é a obra, o valor é superior, o limite é até dez milhões de Francos CFA, abaixo deste valor pode executar sem concurso, esta é a regra para o concurso público”.
Mamadjam Djaló explica na mesma entrevista que há diferentes tipos de aquisição. “Há concurso público aberto; concurso aberto de pré-selecção; concurso estrito, concurso em duas etapas e há de manifestação de interesse e prestação de intelectual. O concurso para construção de ponte por exemplo de Farim ou Tchetche, temos pouca empresa nacional com essa capacidade daí, o concurso pode ser público aberto para todo o mundo”, explicou.
Em relação a obra da construção da estrada [subida de Cabana] agora avenida Macky Sall, Mamadjam Djaló, considerou de um “donativo”, e assegurou que já solicitou o Ministério das Obras Publicas para o esclarecimento de algumas avenidas que são consideradas de donativo no país.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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