sábado, 5 de dezembro de 2020

Figura da semana: MAIO COOPÉ REGRESSA EM GRANDE COM ÁLBUM “NÔ NA RIBA TERRA”




[SEMANA 48_2020] O músico guineense, Maio Coopé, regressou ao cenário musical com o seu novo álbum discográfico intitulado “Nô na riba terra” – (em português “de volta às raízes” ou “havemos de voltar às raízes”), uma obra com 10 faixas musicais em cabas garandi, um estilo tipicamente da Guiné-Bissau.

“Nô na riba terra” é o álbum mais escutado na atualidade nacional e foi produzido pelo também músico guineense, o guitarrista Manecas Costa, cujos temas se encontram na plataforma digital Youtube, onde estão a fazer sucesso, por exemplo, a menos de um mês da sua divulgação naquela que é a maior plataforma digital de obras audiovisuais do mundo.

Os temas contam com um número considerável de visualização, a faixa com menor visualização tem cerca de 10 mil visualizações e a mais vista denominada “N’dingui” tem mais de 118 mil views.

                                            BIOGRAFIA

Mário Da Silva que adotou o nome artístico Maio Coopé (cooperante) nasceu na Guiné-Bissau, onde começou a brilhar como músico, marcando a sua geração e não só. Fundou o seu grupo Djumbai Djazz [centrava-se nos estilos tradicionais guineenses como o Ngumbé, Brocsa e Djambadon, mas o repertório da banda denota a influência de outras sonoridades da África Ocidental] corria o ano de 1999, em Lisboa, como um projeto de pesquisa intencionado a revisitar os ritmos ancestrais na sua história pessoal com a sua Guiné-Bissau natal.

Maio Coopé, um artista polifacetado: artista plástico, cantor, músico e compositor é um nome importante na música da Guiné-Bissau, um país formado por 43 etnias e com grande diversidade cultural. A Guiné-Bissau é o caldeirão que Maio vem bebendo desde pequeno. Apresentou-se na União Soviética em 1977 e 1980, fez Espetáculos em Amesterdão (Tropmuseu), Roterdão (Paradiso) e Estocolmo (Tropicana). Com os Gumbezarte, trabalhou a sua música depois de uma extensa pesquisa sobre a cultura musical das várias etnias do seu País e junto ao Canadense Silvam Panatom, registou as suas canções. 

Foi vencedor de vários festivais na Guiné-Bissau: 1984 Festival Descoberta de Novos Talentos. 1985, Festival de Mandjuande (Música Tradicional). 1986 Festival de No Pintcha (Música Moderna), 1998 Festival Djitu Tem Cu Tem (Temos que arranjar jeito), conta com várias digressões ao interior do país, assim como teve várias presenças em grandes festivais internacionais pelo mundo.

Por: Sene Camará 

Foto: Facebook

Conosaba/odemocratagb



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