Bissau, 13 Mai 15 (ANG) - O Sector de Mansaba foi das zonas mais devastadas por cortes desenfreadas de madeiras nos últimos dois anos na região de Oio, reconheceu segunda-feira um madeireiro e representante dos operadores económicos junto do comité técnico criado para apreender as madeiras nas matas.
“Por isso, a comissão iniciou os trabalhos da identificação, contagem e recolha de madeiras nas matas deste sector e neste momento localizaram 70 mil troncos de madeira”, disse Ussumane Camará à ANG, tendo adiantado que o trabalho da comissão se tornou tão fácil devido a colaboração dos seus colegas madeireiros, que forneceram informações úteis.
Camara acrescentou que em poucos dias de actividades a comissão cobriu pelo menos 60 por cento do território de Mansaba e os toros localizados serão depois transportados para Bissau, através de três empresas contratadas pelo governo para o efeito.
Ussumane Camara disse que a População local encarra as actividades do comité com muita apreensão, porque “certas pessoas da comunidade se envolveram directamente no abate das árvores”.
A titulo de exemplo cita o caso de Morés em que o comité da tabanca e a associação dos jovens se organizaram procedendo ao abate das árvores que depois venderam aos interessados.
“Com os fundos recolhidos compraram 4 viaturas que hoje cobre a ligação de Mores ao resto do país”, revelou.
Aos madeireiros lançam um apelo para porem fim as suas praticas nefastas uma vez que o Estado decretou uma moratória sobre o corte de madeira no país. “Não se deve desafiar o Estado e por em causa a sua autoridade”, aconselhou.
O Comité Técnico Interministerial criado pelo executivo para a recolha de madeiras nas matas conta com elementos provenientes de vários departamentos estatais, das organizações da sociedade civil, poder tradicional e madeireiros.
Depois de concluídos os trabalhos na região de Oio, seguir-se-ão as de Bafatá, Quinará, Tombali, Gabú e Cacheu para depois se terminar no Sector Autónomo de Bissau.
Sem comentários:
Enviar um comentário