O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, fez um apelo aos estrangeiros para permanecerem no país, na sequência de ataques xenófobos violentos que provocaram a morte de pelo menos seis pessoas.
"O Governo não está a dizer para saírem do país. Não são todos os sul-africanos que estão a dizer para saírem da África do Sul. É só um número muito pequeno de cidadãos que está a dizer isso", assegurou Zuma durante uma visita, no sábado, a um dos campos improvisados onde se refugiaram milhares de imigrantes.
O presidente sul-africano cancelou uma visita oficial à Indonésia para lidar com a onda de violência que, além das vítimas mortais, levou mais de 5.000 imigrantes a procurar refúgio em acampamentos improvisados.
"Mesmo aqueles que querem ir-se embora devem saber que quando pararmos com a violência, poderão regressar e serão bem-vindos", disse Zuma, prometendo parar com a violência.
O último incidente ocorreu na cidade de Alexandra, a norte de Joanesburgo, onde um estrangeiro foi esfaqueado mortalmente, e a polícia disparou balas de borracha para dispersar os atacantes.
Cerca de 30 pessoas foram detidas na madrugada de hoje nos arredores de Joanesburgo.
A onda de violência xenófoba começou em Durban e espalhou-se a outras partes do país, trazendo à memória ataques semelhantes ocorridos no país em 2008, quando foram mortas 62 pessoas
Moçambique, Zimbabué e Malaui, países vizinhos, condenaram os ataques e anunciaram planos para evacuar os seus cidadãos da África do Sul.
AG // JMR
Lusa/Fim
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