Jornal de Angola chama à pretensão da oposição"incitação à violência" e ao fundador do Galo Negro "herói do Apartheid", comparando-o a Hitler
A UNITA criou uma comissão para tratar do processo de exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi.
A criação da comissão visa, no fundo, "homenagear condignamente" do fundador do Galo Negro, como explicou à RDP Àfrica o dirigente Alcides Sakala.
A pretensão da UNITA, o maior partido na oposição de Angola, foi duramente criticada no editorial de terça-feira do Jornal de Angola, em que Savimbi é apelidado de "condecorado herói do 'apartheid'". Intitulado'Incitação à violência', o editorial do diário estatal angolano acusa o histórico líder da UNITA de ter reduzido "Angola a pó", após as eleições de 1992. "Homenagear em Angola um herói do 'Apartheid' é de uma violência inusitada. É um atentado de morte à reconciliação nacional. É igual a glorificar Hitler ou negar o Holocausto", lê-se no editorial do Jornal de Angola, que sublinha que Savimbi "não pode ser homenageado nem glorificado".
Além dos restos mortais de Jonas Savimbi, cuja morte levou ao fim das hostilidades no país, em 2002, permitindo a assinatura do Memorando de Entendimento do Luena, complementar ao Protocolo de Lusaca, de 1994, Sakala esclarece que a Comissão vai tratar da exumação dos restos mortais de outros dirigentes do partido durante a guerra. O corpo do líder da UNITA, morto em combate nas imediações do rio Lungué Bungo, foi enterrado na província do Moxico e familiares de Savimbi têm vindo a reclamar a realização do funeral.
RDP
Sem comentários:
Enviar um comentário