quinta-feira, 8 de maio de 2014

DR. FILOMENO PINA: ADEUS IRMÃO, ATÉ AMANHÃ CAMARADA





FALECEU RUI KIMBANDA.
Mais uma vez uma notícia abrupta implantou-se-nos no coração, ocupando o espaço sem justificação ou palavras de alerta, mas para quê palavras, se nada mais vale a pena perguntar, ou explicar!
Acabamos de registar com emoção de luto, a forte tristeza do desaparecimento de um irmão, tocados por história de vida comum, desde a adolescência fervorosa, criactiva e muito bonita juntos, em tempos que já lá vão, de onde ficaram raízes profundas de Jovens audazes, que fizeram das palavras e da sua música, uma arma de intervenção, um exemplo de como esta Juventude soube dar a sua contribuição deixando rastos até aos dias de hoje.

O nosso - RUI KIMBANDA - partiu, mais um Camarada que desde cedo foi bom filho, bom aluno do Liceu, e do ponto de vista cultural, um líder musical admirado no meio social e académico, acarinhado pelo seu público, um músico de "mão-cheia", um exímio guitarrista na viola ritmo, que deu a sua contribuição no nosso famoso Conjunto Académico Capa Negra nos Anos /70 na Guiné-Bissau.

Muito cedo se destacou no meio musical pioneiro da musica moderna Guineense, foi um criador nato, de melodias bonitas que envolveram canções históricas que ainda hoje estão na nossa memória e na Rádio Nacional da Guiné-Bissau registados.

Este desaparecimento físico de um amigo-irmão, tratando de uma amizade fortemente partilhada na nossa juventude - RUI KIMBANDA - foi modelo e exemplo, para muitos estudantes e músicos nos anos /70 na Guiné-Bissau
Pertenceu aos primeiros grupos de estudantes bolseiros (Universitários) a ter de deixar Bissau, após a independência, para se Licenciar num País estrangeiro, tendo-lhe calhado a antiga Checoslováquia, para onde seguiu viagem, deixando o agrupamento musical, Conjunto Académica Capa Negra, os seus familiares e amigos, mas, não tardou mais do que cinco anos, Ele cumpriu e fez tudo em tempo certo, sem reprovações curriculares. 
Regressou e assumiu novas responsabilidade intelectuais com toda a sua competência e espírito de luta e trabalhador, exigida na altura, como sempre foi, um jovem com o perfil técnico competente que demonstrou ser capaz!
Mais uma vez demonstrou o seu nível pedagógico de excelência desde o Liceu e, triunfou sempre, regressando ao seu País natal já como Engenheiro (salvo erro, Civil), deu seu contributo sempre que o País precisou das suas mãos, SERVIU!.

Fez tudo que esteve ao seu alcance até a última hora e, morreu hoje em missão de serviço, longe da Pátria que o viu nascer.
Que Deus lhe dê eterno descanso e Glória, paz a sua alma e sentidos pêsames aos familiares, nesta hora de muita dor...

Hoje é uma novidade triste que me trazes meu irmão, mas, até amanhã Camarada.

Djarama por tudo. Filomeno Pina.

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