O corpo do ministro das Infraestruturas da Guiné-Bissau - Rui de Araújo Gomes, que morreu na semana passada em Macau, deve chegar à capital guineense na quinta-feira.
"Já contactámos a agência funerária e, em princípio, a transladação do corpo será feita na quarta-feira e deverá chegar a Bissau no dia seguinte", disse o delegado da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Malam Becker Camará, em declarações à Lusa. As despesas de transladação do corpo foram assumidas pelo Governo de Macau.
Rui de Araújo deslocou-se a Macau para participar no V Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas, mas não chegou a marcar presença no encontro. O óbito do ministro foi confirmado no hospital, depois de ter sido enviada assistência médica ao hotel onde estava instalado. O relatório da autópsia realizada esta segunda-feira aponta "fibrose hepática" como causa de morte.
Engenheiro civil formado na antiga Checoslováquia, Rui de Araújo Gomes, 60 anos, era primo em primeiro grau do ex-primeiro-ministro guineense Carlos Gomes Júnior, cujo governo foi deposto por um golpe militar em abril de 2012. Em 2004, ficou com a pasta dos Transportes e Comunicações no primeiro executivo liderado por aquele governante. Em junho de 2013, foi nomeado para o Governo de transição, entretanto criado na sequência do golpe de Estado de 2012, ocupando o cargo de ministro das Infraestruturas. Na década de 1990, foi sócio fundador de uma empresa de construção civil com o Presidente de transição da Guiné-Bissau - Serifo Nhamadjo, mas era mais conhecido por Rui 'Kimbanda', alcunha que tinha desde os tempos da juventude em que era membro da banda musical K-Negra, ao lado de Sidónio Pais.
RDP
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