Senegal aguarda decisão da Assembleia sobre adiamento das presidenciais. AFP - JOHN WESSELS
O Parlamento senegalês reuniu-se para debater a proposta de adiamento das eleições de 25 de Fevereiro, como preconizado pelo chefe de Estado Macky Sall. Uma decisão que levou à repressão de protestos este domingo.
Os deputados foram convocados esta segunda-feira, 5 de Fevereiro, na Assembleia Nacional para examinar e votar a proposta de lei sobre o adiamento por seis meses das eleições presidenciais. São muitas as reacções à decisão do chefe do Estado Macky Sall, de suspender o processo eleitoral que deveria ter lugar a 25 de Fevereiro.
Os partidos da oposição e a sociedade civil convocaram um encontro para protestar contra o projecto de lei. As escolas e os comércios ficaram encerrados devido ao medo de confrontos.
As forças de segurança senegalesas usaram gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação em frente à Assembleia Nacional em Dacar, que, esta segunda-feira, discutiu um projecto de alteração constitucional para justificar o adiamento das eleições por seis meses.
Os manifestantes recusaram-se a obedecer às ordens das autoridades e retiraram-se para mais longe, gritando “Macky Sall ditador".
No domingo houve confrontos entre os manifestantes e as forças de ordem, resultando na detenção de alguns manifestantes e de vários dirigentes políticos, nomeadamente a antiga primeira-ministra Aminata Touré. Por seu lado o governo retirou a licença à televisão privada Walf Tv, sem qualquer aviso prévio.
O ministro da comunicação social Moussa Bokar Thiam acusa este órgão de comunicação de ter difundido as imagens dos confrontos entre os manifestantes e as forças de ordem. Muitos senegaleses queixaram-se de não poder aceder aos dados móveis nos seus telemóveis desde esta manhã.
Por: Cândido Camará
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário