Bissau, 15 Fev 23 (ANG) – O Secretário-geral da Associação Nacional dos Consumidores de Bens e Serviços (Acobes ),defendeu hoje que perante a nova subida de combustíveis no mercado nacional, o Executivo deve abdicar-se de certos impostos para permitir a redução do preço de combustíveis .
Bambo Sanhá que reagia em declarações à ANG sobre a subida de preços de combustíveis e seu impacto na vida do consumidor, disse que a redução do preço de combustíveis levará, em consequência, a redução dos preços de produtos de primeira necessidade no mercado nacional.
Sanhá sustenta que há dois anos quando iniciou a pandemia da Covid-19 o preço de combustível caiu em todo o mundo mas não na Guiné-Bissau.
Acrescenta que a guerra na Ucrânia veio a agravar a situação dos preços ,o que fez com que a gasolina fosse vendida a mil francos cfa o litro.
“Passaram dois anos consecutivos sem atualização do preço de combustível e a Guerra de Ucrânia fez com os preços agravassem em todo mundo. Se esse trabalho fosse feito hoje teríamos um preço razoável de combustível ”,disse.
Sanhá refere que houve, por duas vezes, aumentos dos preços de transportes públicos por causa do aumento do preço de combustível ,frisando que o aumento de até 50 ou 100 francos por litro justifica o aumento dos preços dos transportes, porque mexe com as suas receitas .
Alega que em situações complicadas como esta o Estado deve ceder, perdendo a favor do mercado nacional. “A subvenção que o Estado fez não é suficiente uma vez que continuam as dificuldades relacionadas à subida dos preços dos produtyos no mercado interno”, disse.
Bambo Sanhá pede, por outro lado, aos motoristas e proprietários das viaturas de transporte público para não aumentarem as tarifas de transporte cumprindo a tabela de preços adoptada pelos Serviços de Viação Terrestres.
Diz que o que passou nos anos passados devido a pandemia da Covid-19 ou seja cobranças fora do normal dos transportes públicos não deve se repetir, e garante que quando o aumento de combustível justificar o aumento dos preços de transportes, a Acobes vai exigir ao Governo a atualização das tarifas de transportes públicos.
O defensor número 01 dos consumidores guineenses diz lamentar o preço de gás e afirma que não ajuda na proteção das florestas, uma vez que a desmatação da floresta para a obtenção da lenha e carvão está a crescer num ritmo acelerado, visto que a população não tem poder de compra para a utilização do gás.
“Esta situação põe em causa o objetivo do projeto “Fumo Kaba”, de desencorajar ou mesmo acabar com o uso de lenha e carvão”, referiu.
O Secretário-geral da Acobes pediu a reativação da Autoridade Reguladora de Sector de Combustíveis e Gás Natural (Arseco),com o objectivo de avaliar os preços de produtos no mercado internacional para regular o preço dos combustíveis no país, e diz que o Estado deve criar mecanismos para assegurar maior estoque de combustíveis no mercado e abrir-se à concorrência.
No âmbito da nova tarifa para combustíveis o gasóleo que era vendido a 766 fcfa o litro passou para 854 francos cfa/litro e a gasolina saiu de 760fcfa para 850 fcfa o litro.
Conosaba/ANG/MSC//SG
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