Bissau, 6 Jun 22 (ANG) – O primeiro vice-Presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para a Politica Externa e Imigração, lamentou hoje o estado em que se encontram 10 cidadãos nacionais detidos da República de Togo, tendo pedido diligências, ao mais alto nível, das autoridades nacionais, para a repatriação dos mesmos para virem cumprir penas no país.
Cipriano Mendes Pereira vulgo Nhina falava em entrevista exclusiva à ANG sobre em jeito de balanço da recente deslocação ao Togo, de deputados membros da referida Comissão Especializada da ANP.
“Já tínhamos agendado este projecto e mesmo com a dissolução do parlamento achamos por bem deslocar àquele país com o objectivo de se inteirar da situação dos guineenses ali detidos, usando os nossos próprios meios para o efeito”, explicou.
O deputado do Partido Movimento para Alternância Democrática(Madem G-15), disse que os presos são pessoas que usam aquele país em trânsito para outros destinos, principalmente Brasil mas tiveram o asar de serem presos sobretudo por, alegadamente, possuirem drogas de tipo cocaina.
“Fomos recebidos muito bem pelas autoridades de Lomé, nossos colegas deputados disponibilizaram duas viaturas, a fim de facilitar a nossa deslocação”, disse.
Cipriano Mendes Pereira salientou que, prisão é prisão, acrescentando que, as condições não poderiam ser como de outras localidades fora de prisão, principalmente, no estrangeiro, sublinhando que, por isso, considera de “lamentável” a situação em que se encontram os “nossos concidadãos detidos no Togo”.
Mendes Pereira disse que estão a concluir o relatório sobre o assunto que será entregue a ANP, Primatura e a Presidencia da República, uma vez que o assunto exige um outro tipo de intervenção.
“Penso que, com a sensibilidade do Presidente da República sobre o assunto pode-se encontrar uma solução junto das autoridades togolesas”, disse.
Segundo Cipriano Pereira, entre os 10 detidos, um faleceu, infelizmente, restando os 09 que estão a cumprir penas de 10 anos.
Disse que a maioria já cumpriu quase a totalidade das penas faltando 8 e 5 meses para sair, salientando que o problema é que têm que pagar multas em dinheiro que rondam os 10 a 50 milhões de francos CFA cada, dependendo da gravidade de cada caso.
“Segundo nos informaram, a causa da prisão na sua maioria se relaciona ao tráfico de cocaina. Muitos já passaram vários anos sem receber visitas. A nossa ida ao Togo foi como um nascer de esperança para eles”, salientou.
O deputado disse que, dos 10 detidos seis são guineenses incluindo um rapaz de Gabú que faleceu e os outros quatro são nigerianos com documentos guineenses.
O deputado Nhina disse que, se as condições permitirem vão continuar a fazer este trabalho noutros países.
Conosaba/ANG/MSC/ÂC//SG
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