O selecionador de Futebol da Guiné-Bissau, Baciro Candé, voltou a merecer a figura da semana nº13_2021 de O Democrata, por colocar, pela terceira vez consecutiva, a seleção nacional, “Os Djurtus”,na fase final do Campeonato Africano das Nações a realizar-se nos Camarões, em 2022. Candé é considerado “peça importante na condução do projeto da seleção nacional de futebol “nos últimos anos, desde da primeira qualificação para o CAN, em 2017.
O “Almirante” Candé assumiu o comando dos “Djurtus” em 2016, substituindo na altura o treinador português, Paulo Torres. Desde que assumiu a seleção nacional, só o Senegal conseguiu derrotar o atual selecionador nacional em casa o-1, no mês de novembro de 2020, graças ao golo solitário de Sadio Mané. Embora tenha conseguido dar alegria ao povo guineense, o treinador teve várias dificuldades durante o seu percurso, nomeadamente, dificuldades financeiras e as recusas de alguns jogadores em vestir a camisola da seleção nacional.
Mesmo assim, nunca desistiu e conseguiu colocar a Guiné-Bissau numpatamar das seleções emergentes do futebol africano nos últimos anos, graças a sua participação nos dois últimos CAN, no Gabão e no Egipto e a nova qualificação para o próximo CAN nos Camarões, depois da vitória por 3 – 0, em casa, frente ao Congo Brazzaville.
BIOGRAFIA
O treinador guineense nasceu a 06 de abril de 1967 em Catió, sul da Guiné-Bissau. Possuí o quarto nível de formação de treinador. Antes de iniciar a carreira de treinador, Candé foi jogador, tendo jogando nas equipas como Estoril de Praia, na época 1984-85 e Rio Maior, em 1985-86. Na época 1986-87 foi para Estrela de Amadora e em 1987-88 foi para o Amora.
Já como treinador, Candé treinou equipas como Desportivo de Farim em 1989, a União Desportiva Internacional Desportiva de Bissau (UDIB)em 1989-90, Bula Futebol Clube em 1990-91, Estrela Negra de Bissau em 1991-92, Ajuda Sport Clube em 1992-93. De 1995 a 2007 Sporting Clube da Guiné-Bissau e 2008 -2014 Associação de Oeiras de Portugal.
Candé orientou a seleção nacional em diversas ocasiões. Entre 2001 e 2002 chegou às meias-finais da Taça Amílcar Cabral, no Mali. Em 2004-2005 levou novamente os Djurtus à meia-final da mesma competição, em Conacri. Em 2007-08, Candé esteve outra vez nas meias-finais da Taça Amílcar Cabral, no Senegal. O selecionador nacional foi ao final do torneio da Francofonia, na Gambia, em 2002-03 e participou na campanha da eliminatória para o Campeonato do Mundo, em 2010.
Em relação às conquistas, Candé ganhou oito campeonatos nacionais, quatro taças e três supertaças ao serviço do Sporting. Foi eleito melhor treinador em 1996, 2004 e 2006-07. Foi destacado pelo Sporting de Portugal como treinador de Sporting da Guiné-Bissau, no âmbito do protocolo assinado entre os dois clubes.
Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb
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