quinta-feira, 1 de abril de 2021

Covid-19/ Guiné-Bissau: Campanha de vacinação inicia sexta-feira no país


Bissau, 01 abr 21 (ANG) – O Alto Comissariado inicia amanhã, 2 de Abril, a campanha de vacinação contra a covid-19 no país com envolvimento de 270 técnicos pré-selecionados para o efeito.

A informação foi avançada quarta-feira pela Alta Comissária para covid-19, Magda Robalo, durante um encontro de Alto Nível sobre a campanha de vacinação entre as autoridades sanitárias da Guiné-Bissau e parceiros internacionais.

Aquela responsável disse que a vacinação começa na sexta-feira, dia 2 e que no dia 3, sábado far-se-á o lançamento oficial da campanha com a vacinação do Presidente da Republica, Umaro Sissoco Embaló.

A Alta Comissária informou que a vacinação vai ser ministrada nos hospitais e centros de saúde, por isso pede as pessoas pertencentes ao grupo alvo ou de risco para se deslocarem para uma estrutura sanitária mais próxima da sua área de residência para se vacinar.

“Nesta primeira fase, a vacinação vai ser focalizada no Sector Autónimo de Bissau e região de Biombo, por serem o epicentro da pandemia e a vacina não será aplicada as mulheres grávidas e crianças”, esclareceu Magda Robalo.

Disse esperar uma grande adesão popular à campanha que se vai iniciar e que os guineenses se mobilizem para vacinar, sobretudo aqueles que são o grupo alvo, ou seja maiores de 18 anos e profissionais de saúde, bem como pessoas com problemas cardíacos, tensão arterial, viventes com VIH/ SIDA e outros profissionais.

Nesta primeira fase, de acordo com a Magda Robalo, vão ser dadas maior atenção aos profissionais de saúde e pessoas de risco que se quiserem vacinar

Disse que dispõe de 12 mil doses de vacinas, que na sua opinião não chega nem sequer à 3 por cento das necessidades, frisando contudo que é o começo.

“Como sabem esta questão de vacina, também está a decorrer noutros países, onde começaram com um número pequeno e a medida que as vacinas são disponibilizadas vão continuar a vacinar”, explicou.

Instado sobre a segunda dose, a Alta Comissária disse que as pessoas vão tomar agora a primeira dose e tem a segunda dose entre oito à doze semanas ou seja entre dois a três meses depois de receberem 1ª dose.

“Portanto as pessoas vão receber uma cartão com a data em que cada um deve tomar a segunda dose”, disse.

Magda Robalo, desafiou os orgãos da comunicação social, a promover debates sobre a pandemia no país.

O ministro da Saúde Pública, António Deuna disse que nem todos os técnicos de saúde vão participar na campanha de vacinação.

Por isso, conforme o governante, foram selecionados 270 técnicos de saúde, que receberam formação para participarem na campanha de vacinação.

“Somente vão participar no processo de vacinação, os técnicos que receberam formação para vacinar a população”, explicou o ministro Deuna.

Perguntado sobre como lidar com eventuais efeitos colaterais da vacina, respondeu que, existem técnicos capazes e preparados para lidar com essa situação, caso aconteça.

O representante do Banco Mundial, Mamadou Oumar Bá exortou igualmente ao povo guineense a participar massivamente na campanha de vacinação, porque, segundo ele, a vacina é a” única forma de se salvar desta doença”.

O representante da Organização Mundial da Saúde, Jean Marie Kipela considerou a vacinação como a principal e única arma disponível de momento, para combater a covid-19, por isso exorta os guineenses a participarem no processo de vacinação.

Instado a falar sobre a credibilidade da vacina Astrazeneca, que terá estado na origem de muitas mortes, Jean Kipela disse que a Guiné-Bissau nunca vai aceitar a aplicação de uma vacina ineficaz e que não seja aprovada pela OMS.

Afirmou que a vacina astrazeneca é segura, porque de acordo com avaliação feita pelos peritos da OMS e da União Europeia, ficou confirmada a sua eficácia em 67 por cento, e que torna mais eficaz quando a pessoa receber a segunda dose.

“Por isso, a OMS recomendou o seu uso para reduzir o número de mortos e de casos mais graves da covidd-19”, afirmou.

Em relação a vacina Chinesa e da Rússia, Jean Marie Kipela disse que está em curso a avaliação das duas vacinas pelos peritos da OMS, para depois poderem integrar a lista de emergências de vacinas homologadas pela organização.

Conosaba/ANG/LPG/ÂC//SG

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