Bissau, 26 mar 2021 (Lusa) - A União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) prevê um crescimento económico de 4,7% da Guiné-Bissau em 2021, depois de uma queda acentuada, -2,3%, em 2020, segundo o relatório anual sobre o funcionamento e evolução da organização monetária.
"Para 2021, a taxa de crescimento da união será de 5,9%, puxada pela recuperação em todos os setores", salienta-se no relatório.
Segundo o documento, divulgado na página na Internet da organização monetária, todos os Estados-membros da união vão ver o seu crescimento económico aumentar, perspetivando para a Guiné-Bissau um crescimento económico de 4,7%.
"A atividade económica (da UEMOA) ocorrerá num contexto de controlo de preços. Os principais riscos que pesam para o atual cenário são, em particular, a persistência da crise global de saúde, a crise de segurança na área do Sahel, bem como a instabilidade sociopolítica que pode advir das eleições previstas em alguns Estados-membros e do desfavorável de preços das mercadorias", acrescenta.
Em relação ao ano passado, o relatório salienta que a dinâmica de crescimento da união foi prejudicada pelos efeitos negativos da pandemia provocada pelo novo coronavírus, que "levou a uma recessão drástica na economia regional".
"Todos os setores de atividade económica experimentaram uma desaceleração em todos os estados-membros. Os setores de transporte, hotelaria e restauração foram os mais afetados, principalmente devido a medidas de restrição de viagens e encerramento de fronteiras para limitar a propagação do vírus", pode ler-se no documento.
A UEMOA destaca que os serviços de telecomunicações e financeiros foram os mais resistentes à crise da pandemia.
Durante este ano, a união prevê continuar a implementar ações para fortalecer a resiliência das economias dos Estados-membros que sofreram o impacto da covid-19 e recuperar o crescimento económico.
"Será dado ênfase especial a ações direcionadas às populações para reduzir a sua vulnerabilidade à atual crise", refere-se no documento.
A UEMOA é constituída pelo Benim, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
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