O presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário disse, esta segunda-feira (17), que a instituição portuária continua ainda a carecer de materiais necessários para fazer face aos eventuais naufrágios na Guiné-Bissau.
O responsável administrativo do Instituto Marítimo Portuário (IMP) falava à imprensa no âmbito da entrega dos aparelhos de controlo marítimo doados pela Sociedade Norueguesa de Busca e Salvamento aos Náufragos.
De acordo com Batista Té, quando houve naufrágio o instituto foi obrigado a alugar bote ou confiscar a canoa com melhores condições para fazer face ao ocorrido.
“A Guiné-Bissau não tem o meio de busca e salvamento das pessoas no mar e muitas das vezes quando houve acidente as pessoas perdem vida, foi nesta base que nós (Conselho de Administração/IMP) achamos que este donativo vai nos ajudar nos trabalhos da busca do naufrágio, sobretudo com colete da salva-vida e o aspecto da comunicação, porque quando está a acontecer o naufrágio no mar torna-nos muito difícil de comunicar.
O responsável do IMP afirma que neste momento o IMP está em contacto com os parceiros internacionais para poder dar resposta ao eventual naufrágio.
“Enquanto departamento do governo encarregue de regular ou fiscalizar o mar, não podemos ficar com os braços cruzados a esperar que o executivo resolva tudo, por isso que relançamos esta ideia ao nível internacional para criar as parcerias com outras instituições para podermos respirar das dificuldades que estamos a enfrentar”.
Entretanto, questionado se com este donativo recebido por parte da Sociedade Norueguesa de Busca e Salvamento aos Náufragos, Batista Té disse que ainda não é suficiente tende em consideração que as zonas insulares dependem quase exclusivamente da via marítima.
“Não é matérias suficientes para os que conhecem a ária marítima da Guiné-Bissau, uma vez que quase 70 ou 80% está concentrada numa região em que as vias da circulação são marítima, por isso que estes coletes que recebemos não são suficientes, recebemos quase 160 coletes de salva vida, dois rádios de comunicação com raio de acção de 40 milhas e esperamos que estes dois, se colocamos um em Bubaque e outro em Caio, quase cobririam as zonas insulares onde são frequentes as questões de naufrágio e resta apenas a zona do Sul, um vez que já temos um em Bissau para podermos salvar as pessoas no mar”
O donativo insere-se no âmbito da cooperação existente entre as duas instituições [IMP e Sociedade Norueguesa de Busca e Salvamento à Náufragos] no quadro da implementação da Convenção para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) sigla em inglês.
Para além das matérias oferecida, dois técnicos sénior da Sociedade Norueguesa de Busca e Salvamento à Náufragos, vai ministrar nos próximos cinco dias acções de formações aos agentes marítimo em Bubaque, na técnica de Segurança Marítimo (Busca e Salvamento a Naufrágios).
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Sem comentários:
Enviar um comentário