O candidato às eleições presidenciais da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira considerou hoje que a situação que o país atravessa "não dignifica o processo democrático" e que o povo guineense não merecia mais esta crise política.
Em declarações à agência Lusa por telefone, o candidato e líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reagia à mais recente crise política na Guiné-Bissau, com a tomada de posse simbólica do seu adversário nas eleições, Umaro Sissoco Embaló, como Presidente na quinta-feira e que hoje já demitiu o primeiro-ministro.
“Lamento tudo o que está a acontecer e espero que sejamos capazes de encontrar as soluções que se impõem” porque a atual situação “não dignifica o processo democrático” na Guiné-Bissau, disse.
O autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, demitiu hoje Aristides Gomes do cargo de primeiro-ministro e nomeou Nuno Nabian para o substituir num decreto presidencial divulgado à imprensa.
Entretanto, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, tomou posse como Presidente interino, com base no artigo da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado tome posse em caso de vacatura na chefia do Estado.
Domingos Simões Pereira, que está em Lisboa, considerou que a tomada de posse de Cipriano Cassamá como Presidente interino mostrou que “os parlamentares guineenses dignificam o país e cumprem a Constituição”.
Conosaba/Lusa
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