BIsmillahi rah mane Rahim!
Por: mago yanick aerton
A propósito dos dois despachos de 4 de Fevereiro de 2020, do Primeiro-ministro cessante, Aristides Gomes (porque foi exonerado por um decreto presidencial e nomeado outro Primeiro-ministro, que foi empossado mas que, por pressões da CEDEAO, apresentou o seu pedido de demissão, pedido esse em relação ao qual até esta data não houve pronunciamento do Presidente da República José Mário Vaz), tenho a tecer as seguintes considerações:
De facto, a comunidade muçulmana continua a ter o tratamento que bem merece, porque os seus membros, sobretudo os mais diplomados nas grandes escolas ocidentais (quadros) permanecem, como sempre foram, os maiores cúmplices desta falta de consideração.
Não é que eu tenha algo contra aquele nosso irmão que o Aristides ilegitimamente nomeou como Comissario Geral para a Peregrinação, porque o Alcorão nos recomenda que “Inna mal muminuna ikha, ahsan baina akhwaicun wa takhul laha la allakum tah khiluna”. Isto é, em resumo, a obrigação de cultivar o amor ao próximo. Mas não posso deixar de manifestar a minha indignação pela forma como esta comunidade vem sendo usada facilmente ao longo dos tempos, e muitas vezes por interesses meramente políticos.
A estratégia dos inimigos do Islão, que não querem ver a unidade entre os muçulmanos, os quais consideram de cidadãos de segunda, aproveitam das nossas fraquezas para impor as suas vontades. É precisamente o que o Aristides Gomes acabou de fazer, isto é, interromper o jogo nos primeiros minutos da segunda parte, mudando de árbitro, que nem foi escolhido dentre os que compõem a equipa de arbitragem, mas sim fora do órgão gestor dos árbitros, isto, o Conselho Nacional dos Árbitros (?).
Se não é por ignorância ou oportunismo, os conselheiros do Aristides Gomes, não o podem informar que esse seu acto além de ilegítimo é extemporâneo? Porque os preparativos para a peregrinação começam meses antes do fim do ano, para permitir que tudo esteja em condições para assim evitar aqueles atrasos que no passado se verificavam.
Qual foi o critério que presidiu a escolha do Comissão e do Conselho consultivo? Alguma “short list” depois de reunidos os perfis dos sondados e avaliada por uma comissão técnica e religiosa independente? Por amor de Deus, Aristides Gomes, cumpre a tua promessa de te demitires caso o General Umaro Sissoco Embalo, for eleito, do que estar a complicar mais a tua vida, porque isto aqui não pega. Até aconselhava o General Fodé Cassama para pensar duas vezes, porque se de facto se essa gente tivesse a mínima consideração por ele, não é para esse cargo que seria nomeado.
O Aristides Gomes devia estar preocupado com as explicações que terá que dar a justiça depois de ser corrido, porque se pensar que irá sair de mãos a abanar, está redondamente enganado, pabia ina ramassa tudo keki furta durante es si governason di mangasson.
Pensar que se vai utilizar a questão do Haj para fins políticos, é uma mera ilusão, porque dentro de dias, vão surgir vozes de quadros idóneos para defender a honra e a dignidade dessa comunidade. Basta e basta!
Ninguém disse que o Botche, Dino, Herry ou outros membros do actual Comissariado são insubstituíveis ou têm os seus lugares cativos no Comissariado para a peregrinação, muito longe disso. Mas as coisas devem fazer-se com decência e conhecimento dos contornos. A peregrinação não é um acto de brincadeira de mau gosto, daí a razão por que deve merecer todo o cuidado, mas sobretudo consideração, devido a sua delicadeza.
O Haj não deve ser politizado, aliás eu sempre militei para que seja reservado a comunidade muçulmana para democraticamente se criarem estruturas que se ocupem dessa matéria, contando, é claro, com o apoio do Governo apenas no capitulo de facilitações, para assim se afastar das querelas politicas.
Em face do exposto, nem os Botches e nem ao Fodes seriam Comissários, porque esse cargo exige profundos conhecimentos da religião islâmica, da língua árabe, ser poliglota e figura de referência na Uma, e não simplesmente pelo cargo desempenhados no aparelho do Estado, em relação aos quais, em muitos casos, nem estamos academicamente habilitados para o seu exercício.
Que o ainda Presidente da Republica, José Mário Vaz assuma as suas responsabilidades, em relação a essa matéria, porque é à presidência da Republica que compete gerir o Haj.
WASSALAM!.
Sem comentários:
Enviar um comentário